segunda-feira, 25 de março de 2024

Vinte Serviços que o Espiritismo faz por Você


01 - Integra você no conhecimento de sua posição e criatura eterna e responsável, diante da vida. 

02 - Expõe o sentido real das lições do Cristo e de todos os outros mentores espirituais da Humanidade, nas diversas regiões do Planeta. 

03 - Suprime-lhe as preocupações originárias do medo da morte provando que ela não existe. 

04 - Revela-lhe o princípio da reencarnação, determinando o porquê da dor e das aparentes desigualdades sociais. 

05 - Confere-lhe forças para suportar as maiores vicissitudes do corpo, mostrando a você que no instrumento físico nos reflete as condições ou necessidades do espírito. 

06 - Tranqüiliza você com respeito aos desajustes da parentela, esclarecendo que o lar recebe não somente os afetos, mas também os desafetos de existências passadas, para a necessária regeneração. 

07 - Demonstra-lhe que o seu principal templo para o culto da Presença Divina é a consciência. 

08 - Liberta-lhe a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa.

09 - Elimina a maior parte das suas preocupações acerca do futuro além da morte.

10 - Dá-lhe o conforto do intercâmbio com os entes queridos, depois de desencarnados.

11 - Entrega-lhe o conhecimento da mediunidade.

12 - Traça-lhe providências para o combate ou para a cura da obsessão.

13 - Concede-lhe o direito à fé raciocinada.

14 - Destaca-lhe o imperativo da caridade por dever.

15 - Auxilia você a revisar e revalorizar os conceitos de trabalho e tempo.

16 - Concede-lhe a certeza natural de que, se beneficiamos ou prejudicamos alguém, estamos beneficiando ou prejudicando a nós próprios.

17 - Garante-lhe serenidade e paz diante da calúnia ou da crítica.

18 - Ensina você a considerar adversários por instrutores.

19 - Explica-lhe que, por maiores sejam as suas dificuldades exteriores, intimamente você é livre para melhorar ou agravar a própria situação.

20 - Patenteia-lhe que a fé ilumina o caminho, mas ninguém fugirá da lei que manda atribuir a cada qual segundo as obras pessoais.

Essas são vinte das muitas bênçãos que o Espiritismo realiza em nosso favor. Será curioso que cada de nós pergunte a si mesmo o que estamos nós a fazer por ele.

Autor: André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira, em Uberaba, Minas Gerais

domingo, 17 de março de 2024

O que é Ser Espírita?

Ser espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão.

Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera.

Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade.

Não é superar o próximo; é superar a si mesmo.

Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno.
Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação; 
é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.

Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.

Ser espírita não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança.

Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.

Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão.

O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.

Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus.

Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente.

Anormal é não ser bom.

Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.

Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante.

Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber".

Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre.

Isto é ser espírita.

Com as bênçãos de Jesus, nosso Mestre.

Do livro "Aprendendo a lidar com as crises"

quinta-feira, 7 de março de 2024

Beleza

Sem que a semente abandone o envoltório, não há germinação para a sementeira; sem o calor asfixiante, o vaio nobre deixaria de existir; e sem o cinzel que martiriza a pedra selva- gem, a obra-prima de escultura jamais seria arrancada à matéria bruta, para o nosso ideal de beleza.

Ayres de Oliveira

Origem da Guerra

Emmanuel

No símbolo do Éden, Entre luzes e flores,

O ódio veio a Caim Sob a capa da inveja.

Caim matou Abel, E espalharam-se os males...

Doenças, penas, dores Resultaram do evento.

Pediu a evolução O concurso da morte.

A guerra vem dos homens Nunca da Paz de Deus

Do livro: Cura

sexta-feira, 1 de março de 2024

Assuntos

Meimei

É verdade. Por mais que silencies e por mais que a prudência te assinale as manifestações, a vida te exige relacionamento.

E o relacionamento te pede falar.

Surgem aqueles que se referem ao tempo e às dificuldades do mundo.

Outros se reportam aos fatos da época em que vives, comentando ocorrências que a imprensa divulga.

E, em muitas ocasiões, anotas a inconveniência e a infelicidade dos apontamentos expostos.

Quando isso acontecer, respeita as qualidades e os créditos daqueles que comandam as notas que o boato acalenta e modifica a situação.

Todo diálogo assemelha-se à estrada de que se pode retirar esse ou aquele ramal para determinados fins.

À vista disso, quando a conversação ambiente se te mostre indesejável,usa tato e caridade e improvisa um ramal para o trânsito de novas idéias.

Feito isso, tanto quanto possível e se possível, auxilia aos circunstantes, falando de Jesus.

Consegues ir?


"Vinde a mim – Jesus. (Mateus, 11:28.) 

O crente escuta o apelo do Mestre, anotando abençoadas con- solações. O doutrinador repete-o para comunicar vibrações de conforto espiritual aos ouvintes. 

Todos ouvem as palavras do Cristo, as quais insistem para que a mente inquieta e o coração atormentado lhe procurem o regaço refrigerante... 

Contudo, se é fácil ouvir e repetir o “vinde a mim” do Se- nhor, quão difícil é “ir para Ele”! 

Aqui, as palavras do Mestre se derramam por vitalizante bál- samo, entretanto, os laços da conveniência imediatista são dema- siado fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do Alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a libertação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações e interesses individuais, aparen- temente inadiáveis. 

Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos. Com ele, a vida enriquecer-se-á de valores impere- cíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria Universal... 

Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia. 

Em suma, é muito doce escutar o “vinde a mim... Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?

Do livro: Fonte Viva
Médium: Francisco Cândido Xavier/Emannuel

"Neste verdadeira escola, um dia, você será um dos nossos..."


Quando, pela primeira vez, ouvimos o nome de Bezerra de Menezes 
Ano de 1921. 

Entre-Rios (hoje Três-Rios), então, próspero Distrito de Paraíba do Sul, atravessava sua fase crucial no campo da Instrução. Milhares de crianças, entre 8 e 12 anos, viviam anal fabetas, por falta de um Grupo Escolar. Com uma população de mais de dez mil habitantes, En* tre-Rios possuía apenas duas Escolas públicas, que atendiam, com imensa dificuldades, a algumas centenas de alunos. O Governo Fluminense, no afã de solucionar o grave problema, ainda aue em caráter de emergência, determinou ao seu Secretário ae Instrução que comprasse para o primeiro distrito paraibano do sul um imóvel que, com algumas modificações, servisse de Grupo Escolar.

Em virtude de dirigirmos o semanário Entre-Bios, fomos incumbido de procurar o imóvel entressonhado. Manoel Pessoa de Campos, um bom rico, coração generoso, por ser Espírita Convicto, concluíra um grande e belo prédio à esquina da rua Barão de Rio Branco com a rua Barão de Piabanha, hoje Prefeito Walter Francklin. Possuía esse prédio duas grandes salas, outras menores e demais dependências com todas as instalações higiênicas. Destinava-o a sede própria do Grupo Espírita Fé c Esperança. Era apropriadíssimo para um Grupo Escolar, não precisando mesmo de nenhuma adaptação. Satisfeito com o achado, imediatamente, fomos procurar o bondoso Campos. O Governo Fluminense ofertava-lhe cento e cinquenta mil cruzeiros pelo prédio, que, segundo soubemos, ficara em oitenta. O Campos não deixaria de aceitar tão bela oferta, pensávamos, alegremente, pelo caminho, indo ao seu encontro. Recebeu-nos entre surpreso e alegre.

Falamos-lhe do nosso intento. Abrimos aos seus olhos e ao seu coração o panorama tristonho em que viviam infinidades de crianças sem instrução por falta de um Grupo Escolar e o colocamos a par do interesse do Governo Fluminense em desejar comprar o lindo prédio que acabara de construir, tão apropòsitado para o nosso desiderando. 

Oferecia-lhe quase o dobro do que gastara __________________ Ouviu-nos atenciosa e comovidamente. Quando terminamos nossas considerações, com a convicção de que seríamos atendido, ele, com os olhos lacrimosos, com velada palidez no rosto, pousou-nos a mão no ombro e disse-nos: — Ramiro, sinto sinceramente não poder lhe atender e ao Governo Fluminense. É justíssimo o seu anseio e eu sofro com o que me disse. Mas, eu prometi a mim mesmo destinar o prédio, que você visitou, à sede própria do Grupo Espírita Fé e Esperança, que vai reunir em seu seio todos os espiritistas entrerienses. Será inaugurado em três de maio do ano vindouro e sua Diretoria já foi escolhida e terá como Presidente o nosso caro José Vaz, que você conhece e estima. 

Um Grupo Espírita bem organizado, qual o que vamos inaugurar, acredite, é também uma Escola, a verdadeira Escola, pois que vai ensinar aos seus alunos, os adeptos do Espiritismo, a Ciência do Amor, a Filosofia do Bem, a Religião da Caridade. E, surpreendendo-nos mais ainda com o seu gesto, que não esperávamos, terminou, vaticinando: — Nesta verdadeira Escola, creia, um dia, você será um dos nossos. Alguém da Espiritualidade, talvez o Espírito do Dr. Bezerra de Menezes, um de nossos Protetores, está intuindo -me isto... 

Saímos

Nossa alma estava perplexa, aturdida, não encontrando nenhuma justificativa para o ato do Campos, a nosso ver (naquele tempo) antipatriótico; gesto de um ingrato, de um an- típrogressista... E. pelo nosso jornal, no dia seguinte, exprobramos a ação antipatriótica, injustificável mesmo, do Campos. E o fizemos com ardor, com a mente obnubilada pela paixão à Causa do Ensino. Lembramo-nos de que até o chamamos, dentre outras coisas injuriosas, de Vaso Chinês, aludindo ao seu enorme físico de obeso... Nosso artigo ecoou como uma bomba no meio dos entre- rienses. Uns, mais corajosos, nos aplaudiam. Outros, mais sensatos, se aquietavam, respeitando o ponto de vista do Campos, tolhidos ainda pelos seus exemplos aignificantes de bondade e humildade que ele dava ao povo entreriense. Um jornalista, simpático ao Espiritismo, procurou-o e se ofereceu para o defender. Excusou-se delicadamente, afirmando: — Deixe o Ramiro em paz. Sua crítica ao meu espírito sem luz e até ao meu físico disforme me exercita a paciência, ensinando-me a amar e perdoar aos que me ofendem, porque sei que, noutras vidas, fiz mais do que isto, pior do que ele me tez. E um dia, ele me compreenderá...

Soubemos de seu gesto digno de um verdadeiro cristão e ficamos, já aí, doutrinado. Seu gesto era novo para nosso espírito cheio de ilusões, irreligioso, sem nenhum Roteiro certo para Deus e abrandou-nos e nos enterneceu, trazendo-nos sinceros remorsos...

E, mais tarde, inesperadamente, nos encontramos. Abraçou-nos como se nada houvesse acontecido. E tivemos, então, a felicidade de lhe sentir, de perto, a grandeza do coração e a nobreza do Espírito. Falou-nos entre amoroso e sensível: — Não me queira mal. Um dia, você me compreenderá porque não venai meu prédio ao Governo Fluminense, que já arranjou o imóvel de que necessitava, não havendo, pois, prejuízo para ninguém. E verificará, afinal, que um Grupo Espírita bem organizado, qual é o nosso como lhe disse, é uma verdadeira Escola. 

È, despedindo-se e sensificando-nos: ' — E não se esqueça de que, um dia, que não está longe, você será um dos nossos... Abraçamo-lo e o deixamos emocionado. Seu convívio cristão, ainda que por momentos, nos fizera um bem imenso. Sentíamos que algo acontecia conosco... E, aos nossos ouvidos, quando caminhávamos, sozinho, pela rua 15, a caminho do lar, ecoava seu prognóstico, tão absurdo para nós que não tínhamos, nesta época, nenhuma simpatia pelo tal de Espiritismo... Mas uma semente da luz, de seu bom exemplo, nos caíra às leiras do espírito, com vistas ao Futuro...