sexta-feira, 14 de junho de 2024

Ernesto Bozzano

Ernesto Bozzano nascido em Gênova, no dia 9 de janeiro de 1862, e desencarnado em 24 de junho de 1943 foi um pesquisador espírita italiano dos mais famosos do seu tempo.

Dedicou-se primeiramente à filosofia científica, interessando-se sobretudo pelas idéias do inglês Herbert Spencer (1820-1903). Em 1891 começou a se ocupar da telepatia e do espiritismo, assuntos que interessavam àquele tempo tanto estudiosos da Europa quanto da América.
Desde então, Bozzano dedicou-se inteiramente, em completa solidão e até sua morte, ao estudo da metapsíquica.

Mais que experimentador foi um pesquisador, organizador e comentador (sob este aspecto freqüentemente considerado pouco crítico) dos fenômenos relativos à riquíssima literatura metapsíquica do seu tempo, na qual a relação dos visionários, dos crédulos, dos mitômanos e dos charlatães era, por larga margem, mais numerosa que a dos estudiosos sérios.
Bozzano publicou cinqüenta e duas obras que tratavam de cada área e de cada aspecto da metapsíquica: telepatia, clarividência, psicocinese, aparição de fantasmas, espiritismo (manifestações dos mortos).

Trocou uma densa correspondência com os maiores representantes da metapsíquica dentre os quais cientistas de valor como os físicos ingleses William Crookes e Oliver Lodge e o fisiologista francês Charles Richet.
Até sua morte, esse estudioso solitário, que tinha dedicado grande parte da sua vida à tentativa de dar ao espiritismo um caráter científico, deixou uma biblioteca de metapsíquica das mais ricas da Europa, hoje conservada pela "Fondazione Biblioteca Bozzano - De Boni", de Bolonha.
A sua cidade natal - Gênova - deu o seu nome a uma rua.

Obras principais (alguns dos títulos listados são publicações póstumas)

  • Hipótese espírita e teoria científica, 1903;
  • Dos casos de identificação espírita, 1909;
  • Em defesa do Espiritismo, 1927;
  • A Crise da Morte, 1930-52;
  • Investigação sobre as manifestações supranormais, 1931-40;
  • Xenoglossia, 1933;
  • Dos fenômenos de bilocação, 1934;
  • Dos fenômenos de possessão, 1936;
  • Animismo ou espiritismo?, 1938;
  • Povos primitivos e manifestações paranormais, 1941-46;
  • Dos fenômenos de telestesia, 1942;
  • Música transcendental, 1943;
  • De mente a mente, 1946;
  • Os mortos voltam, 1947;
  • Literatura de além-túmulo, 1947;
  • As visões dos moribundos, 1947;
  • Luzes no futuro, 1947;
  • Guerra e profecias, 1948;
  • A psique domina a matéria, 1948;
  • Os animais têm alma?, 1950;
  • Pensamento e vontade, 1967;
  • Os fenômenos de transfiguração, 1967
Fonte original: http://eusouespirita.blogspot.com/2007/08/ernesto-bozzano.html

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Reencarnação e o progresso espiritual

A escola espírita têm a evolução espiritual não somente como provada, mas também como necessidade lógica. O princípio espiritual, criado por Deus, desenvolve-se ao longo do tempo, aprimorando-se paulatinamente. Por isso são desiguais as idades dos espíritos e o curso da evolução (pelo respeito ao livre-arbítrio quando surge), há homens em todos os níveis de adiantamento, desde o selvagem até Einstein e Gandhi. Por hora, o estado moral do nosso planeta admite a heterogeneidade, que ‚ útil às lutas evolutivas. O progresso do espírito processa-se pela assimilação de experiências vividas e conhecimentos adquiridos. Esse material, em cada existência, é absorvido e manipulado pela mente consciente; mas, a sua integração no acervo acumulado no espírito dá-se pela transferência para o inconsciente (subconsciente), onde fica armazenado. Contudo, isso não o anula, porquanto, sempre que preciso, renasce como aptidão e vocação.

A evolução espiritual consiste na transferência dos novos elementos de progresso do consciente para o inconsciente e, nesta passagem, na transformação deles (conhecimentos e experiências) em faculdades - donde as aptidões e vocações, não raro bem manifestas em crianças.

A reencarnação atende à evolução, pois, sendo múltiplas as experiências e variados os conhecimentos, uma só vida material pouco representa na eternidade do espírito imortal! E os erros, os crimes, os vícios, a ignorância? Como repará-los, se o faltoso morre em falta? Vê-se logo que a reencarnação ‚ noção que se impõe tão pronto a mente se desembarace de certos entraves íntimos.

A assimilação de experiências vividas, acima explicada exige ampla cota de tempo e, daí, a volta à carne muitas vezes. Em inúmeras de suas vidas terrenas, o espírito comete erros naturais e violações intencionais, adquirindo dívidas perante a Lei de Deus, cuja justiça ‚ infalível e minuciosamente exata.

Numa vida subseqüente, terá de viver de modo a reparar ou diminuir tais débitos. E isto ‚ feito por meio da expiação (resgate) e da reparação. O princípio que assegura a continuidade das vidas de um Espírito unindo logicamente os fatos de uma aos da seguinte, é a chamada "Lei de Causa e Efeito", que declara o homem livre para agir, mas sujeito às conseqüências da ação: ele pode lançar causas, mas terá de reabsorver os efeitos danosos. Se numa vida espoliei outro e aproveitei o produto do furto, noutra passarei privações; se fiz alguém perder um braço, perderei um braço mais tarde em circunstâncias equivalentes. Estas experiências, assimiladas, darão ao Espírito esclarecimento para libertá-lo mais cedo ou mais tarde, do mau impulso levando-o a ser correto, e afastar-se do mal como meio de obter vantagem agora (e dores depois).

A reencarnação fornece a única explicação lógica e natural acerca das desigualdades sociais, que as pessoas consideram como injustiças, donde as lutas pela decantada "justiça social".

Afirmar o contrario seria dizer que Deus ‚ injusto !.

Por Carlos Toledo Rizzini, extraido do livro "Evolução Para o Terceiro Milênio"