- Cristianismo e Espiritismo (FEB);
- Depois da Morte (FEB);
- Espíritos e Médiuns (CELD);
- Joana D'Arc, Médium (FEB);
- No Invisível (FEB);
- O Além e a Sobrevivência do Ser (FEB);
- O Espiritismo e o Clero Católico (CELD);
- O Espiritismo na Arte (Lachâtre);
- O Gênio Céltico e o Mundo Invisível (CELD);
- O Grande Enigma (FEB);
- O Mundo Invisível e a Guerra (CELD);
- O Porquê da Vida (FEB);
- O Problema do Ser, do Destino e da Dor (FEB);
- O Progresso (CELD);
- Provas Experimentais da Sobrevivência;
- Socialismo e Espiritismo (O Clarim).
"Quando você reza, está falando com Deus; quando você medita, está escutando a voz de Deus." Diana Robinson
terça-feira, 31 de dezembro de 2024
Principais obras de León Denis
Principais obras
León Denis
León Denis e sua mãe |
Um sucessor e propagador da Doutrina codificada por Kardec
Nascimento.: Foug, França - 1846 - Falecimento: Tours, França - 1927
Léon Denis (lê-se Dení) nasceu num lugarejo chamado Foug, situado nos arredores de Toul, na França, em 01/01/1846. Sua casa era humilde, assim como os pais Josephine (que era materialista) e Ana Lúcia Denis (que era espírita).
Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos da família.
Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar de brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo, assim com esforço próprio desenvolver sua inteligência. Era um autodidata sério e competente.
Jamais desperdiçou um minuto sequer de seu tempo, com distrações frívolas, às quais a maior parte dos homens recorre para matar as horas.
Com 12 anos concluiu o curso primário, e a situação modesta de sua família não lhe permitiu grandes estudos. Desde cedo tinha problemas com sua saúde física - seus olhos principalmente.
Tinha 16 anos quando salientou-se como um dos melhores oradores e dos mais ardentes propagandistas.
Com 18 anos tornou-se representante comercial, o que o obrigava a viajar constantemente, e isto até quase envelhecer.
Denis adorava a música e sempre que podia assistia a uma ópera ou concerto. Gostava de dedilhar, ao piano, rias conhecidas, de tirar acordes para seu próprio devaneio.
Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano e não fazia uso de bebidas fermentadas. Encontrava na água a bebida ideal.
Era seu hábito olhar, com interesse, para os livros expostos nas livrarias. Um dia, ainda com 18 anos, o chamado acaso fez com que sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Esse livro era o Livro dos Espíritos de Allan Kardec.
Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar, entregou-se com avidez à leitura. O próprio Denis falou: Nele encontrei a solução clara, completa, lógica, acerca do problema universal. Minha convicção tornou-se firme.
A teoria espírita dissipou minha indiferença e minhas dúvidas . Seu espírito, nessa hora, sentiu-se sacudido em face dos compromissos assumidos no Espaço, para iniciar, em breve, o trabalho de propagação das verdades kardequianas.
Como tantos outros - disse ele -, procurava provas, fatos precisos, de modo a apoiar minha fé, mas esses fatos demoraram muito a vir. A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificações, que não me satisfizeram, a ponto de, por vezes, pensar em não mais prosseguir em minhas investigações, mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei. Parece que o Invisível deseja experimentar-nos, medir nosso grau de perseverança, exigir certa maturidade de espírito antes de entregar-nos a seus segredos.
Encontrava-se em seus trabalhos de experimentações, quando importante acontecimento se verificou em sua vida. Allan Kardec viera passar alguns dias na pacata cidade de Tours, com seus amigos todos os espíritas turenses foram convidados a recebê-lo e saudá-lo.
Em 1880, pelas cidades e vilas que percorria, por força de seus afazeres, pronunciava conferências e fundava círculos e bibliotecas populares. É incalculável o número de conferências por ele proferidas na França, no propósito de propagar a Liga de Ensino, fundada por Jean Macé.
O ano de 1882 marca, em realidade, o início de seu apostolado, no qual teve que enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo que olham para o Espiritismo com ironia e risadas os crentes das demais correntes religiosas que não hesitam em se aliar com os ateus, para ridicularizá-lo e enfraquecê-lo. Léon Denis, porém, como bom paladino, enfrenta a tempestade. Os companheiros invisíveis colocam-se ao seu lado para encorajá-lo e exortá-lo à luta.
Coragem, amigo, diz-lhe o Espírito de Jeanne, estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra.
Em 2 de novembro de 1882, dia dos Mortos, que um evento de capital importância se produziu e sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser seu guia, seu melhor amigo, seu pai espiritual - Jerónimo de Praga -, e que lhe disse: Vai, meu filho, pela estrada aberta diante de ti caminharei atrás de ti para te sustentar .
E como Léon Denis indagasse se seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afirmativa: Coragem, a recompensa ser mais bela.
A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão das idéias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho O Porque da Vida em que explica com nitidez e simplicidade o que é o Espiritismo.
Em 1892, recebeu um convite da Duquesa de Pomar, para falar de Espiritismo em sua residência, numa dessas manhãs célebres, em que se reunia quase toda Paris. Ele ficou indeciso, temeroso. Depois de muito meditar, pesando as responsabilidades, aceitou o convite.
O êxito de seu livro Depois da Morte situara-o como escritor de primeira ordem. Os grandes jornais e revistas ecléticas o solicitavam as tiragens sucessivas desse livro esgotavam-se rapidamente.
Eis a notícia publicada por Le Journal , de Paris, acerca da reunião na casa da duquesa: A reunião de ontem, foi uma das mais elegantes, ouvindo-se a conferência de Léon Denis sobre a Doutrina Espírita. De uma eloquência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe do destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuet, soube criar um entusiasmo espiritualista.
A principal obra literária de Denis foi a concernente ao Espiritismo, mas escreveu, outrossim, segundo o testemunho de Henri Sausse, várias outras, como: Tunísia, Progresso, Ilha de Sardenha, etc.
A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi, dia-a-dia, enfraquecendo-se. A operação a que se submeteu, dois anos antes, não lhe proporcionara nenhuma melhora. Suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Tudo aceitava com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande lhe devia ser o sofrimento.
Mantinha volumosa correspondência. Jamais se aborrecia, amava a juventude, a alegria da alma. Era inimigo da tristeza.
O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretarias ocasionais a substituíam nesse ofício no entanto a grande dificuldade para Denis consistia em rever e corrigir as novas edições de seus livros e de seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem, à sua incomparável memória, superava todos esses contratempos sem molestar ou importunar os amigos.
Depois da morte de sua genitora, uma empregada cuidava de sua pequena habitação. Ele só exigia uma coisa: a do absoluto respeito às suas numerosas notas manuscritas, as quais ele arrumava com meticulosa precaução. E foi justamente por causa dessa sua velha mania que a Duquesa de Pomar o denominara de o homem dos pequenos papéis.
Em 1911, após despender não pequeno esforço no preparo da nova edição de O Problema do Ser, do Destino e da Dor , caiu gravemente enfermo. O tratamento enérgico de seu médico, para a pneumonia, pô-lo de pé em curto lapso de tempo.
Grande e profunda dor estava para ele reservada. Veio a guerra de 1914 e seu espírito se condoía ao ver partir para o front a maioria de seus amigos.
Léon padecia, então, de uma doença intestinal e estava parcialmente cego.
Pela incorporação, seus amigos do Espaço e, entre eles, um Espírito eminente, comunicavam-lhe, de tempos em tempos, suas opiniões sobre essa terrível guerra, considerada, em seus dois aspectos, visível e oculto.
Essas práticas levaram-no a escrever certo número de artigos, por ele publicados na Revue Spirite , na Revue Suisse des Sciences Psychiquesó e no Echo Fid todo o seu grande amor pela terra em que nasceu, dentro da lei de causa e efeito.
Quando a guerra aproximava-se de seu fim, a Revue Spirite passou a publicar, em todos os seus números, artigos de Léon Denis.
Após a guerra de 1914, aprendeu braile, o que o permitiu ficar atualizado e fixar sobre o papel, por meio de grille (impressão em braile), os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois, já nesta época de sua vida, estava, por assim dizer, quase cego.
Em 1915 iniciava ele nova série de artigos repassados de poesia profunda e serena, sobre a voz das coisas , preconizando o retorno à natureza.
Nesta época uma forte vento soprava contra e kardequianismo. O fenomenismo metapsiquista espalhava, aos quatro ventos, a doutrina do filosófico puro. O Sr. P. Heuzé fazia muito barulho através de L´Opinion , com suas entrevistas e comentários tendenciosos. Afirmava, prematuramente, que, à medida que a metapsíquica fosse avançando, o Espiritismo, iria, pari passu, perdendo terreno. Sua profecia, no entanto, ainda não se realizou.
Após a vigorosa resposta do Sr. Jean Meyer, pela Revue Spirite , Léon Denis, por sua vez, entrou na discussão, na qualidade de presidente de honra da União Espírita Francesa, em carta endereçada ao Matin , na qual estabelecia, com admirável nitidez, a diferença existente entre o Espiritismo e o Metapsiquismo.
A partir desse momento, Léon Denis teve que exercer grande atividade jornalística para responder às críticas e ataques de altos membros da Igreja Católica, saindo-se, como era de esperar-se, de maneira brilhante.
Em março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou: O Gênio Céltico e o Mundo Invisível , e neste mesmo mês a Revue Spirite publicava o seu derradeiro artigo.
Terça-feira, 12 de março de 1927, l pelas 13 horas, respirava Denis com grande dificuldade a pneumonia o atacava outra vez. A vida parecia abandoná-lo, mas seu estado de lucidez era perfeito. Suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, mas com muita dificuldade, foram dirigidas à empregada Georgette: É preciso terminar, resumir e... concluir . (fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec). Neste exato momento, faltaram-lhe completamente as forças para que pudesse articular outras palavras. As 21:00 horas seu espírito alou-se. Seu semblante parecia ainda em êxtase.
As cerimônias fúnebres realizaram-se a 16 de abril. A seu pedido, o enterro foi modesto, sem ofício de qualquer igreja confessional. está sepultado no cemitério de La Salle, em Tours.
(Texto elaborado por José Basílio
Baseado no livro Páginas de Léon Denis
Autor: Sylvio Brito Soares - Ed. FEB - 2º Edição - 1984)
Obras de Léon Denis
O Espiritismo na Arte
O Porquê da Vida
Depois da Morte
O Grande Enigma
Cristianismo e Espiritismo
No Invisível
O Problema do Ser, do Destino e da Dor
O gênio celta e o mundo invisível
Provas experimentais da sobrevivência
Socialismo e Espiritismo
Joana d'Arc médium
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Prece Final (Bezerra de Menezes)
Virgem Santíssima, Rainha do Céu, Advogada de nossas súplicas junto ao Divino Mestre e a Deus todos Poderoso, eu Te peço não que deixe de sofrer mas para que meu pobre espírito aproveite bem todo o sofrimento e, por fim, Mãe querida, eu te peço pelos meus Irmãos que ficam, por esses pobres Amigos, doentes do corpo e da alma, que aqui vieram buscar no teu humilde servo uma migalha de conforto e de amor. Assiste-os, por Caridade, dá-lhes, Senhora, a Tua Paz, a Paz do Cordeiro de Deus que tira os pecados do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo! Louvado seja Teu Nome! Louvado seja o Nome de Jesus! Louvado seja Deus!
E desencarnou!
(Lindos Casos de Bezerra de Menezes - Ramiro Gama)
Livre Arbítrio e Providência
Por León Denis
Um dos problemas que mais preocuparam os filósofos e os teólogos é o do livre arbítrio: conciliar a vontade e a liberdade do homem com o fatalismo das leis naturais e com a vontade divina, parecia tanto mais difícil quanto um cego acaso parecia pesar, aos olhos de muitos, sobre o destino humano.
O ensinamento dos espíritos esclareceu o problema: a fatalidade aparente que semeia de males o caminho da vida, não é mais que a conseqüência lógica do nosso passado, um efeito que se refere a uma causa, é o cumprimento do destino por nós mesmos aceito antes de renascer, e que nossos guias espirituais nos sugerem para nosso bem e nossa elevação.
Nas camadas inferiores da criação, o ser não tem ainda consciência; apenas a fatalidade do instinto o impele, e não é senão nos tipos superiores da animalidade que surgem, timidamente, os primeiros sintomas das faculdades humanas. A alma, jungida ao ciclo humano, desperta para a liberdade moral, o juízo e a consciência desenvolvem-se cada vez mais no curso de sua imensa parábola: colocada entre o bem e o mal, ela faz o confronto e escolhe livremente, tornada sábia pelas quedas e pela dor; e na prova, sua experiência forma-se e sua força mental se afirma.
A alma humana, livre e consciente, não pode mais recair na vida inferior: suas encarnações sucedem-se na dos mundos, até que, ao fim de seu longo trabalho, tenha conquistado a sabedoria, a ciência e o amor, cuja posse a emancipará para sempre das encarnações e da morte, abrindo-lhe a porta da vida celeste.
A alma alcança seus destinos, prepara suas alegrias ou dores, exercendo sua liberdade, porém, no curso de sua jornada, na prova amarga e na ardente luta das paixões, a ajuda superior não lhe será negada e, se ela mesma não a afasta, por parecer indigna dela, quando a vontade se afirma para retomar o caminho do bem, o bom caminho, a providência intervém e propicia-lhe ajuda e apoio, Providência é o espírito superior, o anjo que vigia na desventura, o Consolador invisível cujas inspirações aquecem o coração enregelado pelo desespero, cujos fluidos vivificadores fortalecem o peregrino cansado; providência é o farol aceso na noite para salvação daqueles que erram no oceano proceloso da existência; providência é, ainda e sobretudo, o amor divino que se derrama sobre suas criaturas. E quanta solicitude, quanta previdência neste amor. Não suspendeu os mundos no espaço, acendeu os sois, formou os continentes, os mares, para servir de teatro à alma, de campo aos seus progressos? Esta grande obra de criação cumpre-se somente para a alma, para ela combinam-se as forças naturais, os mundos deixam as nebulosas.
A alma é nascida para o bem, mas para que ela possa apreciá-lo na justa medida, para que possa conhecer-lhe todo o valor, deve conquistá-lo desenvolvendo livremente as próprias potencialidades: a liberdade de ação e a responsabilidade aumentam com sua elevação, pois quanto mais ela se ilumina mais pode e deve conformar a sua obra pessoal às leis que regem o universo.
A liberdade do ser é exercida, pois, em um círculo limitado, parte pelas exigências da lei natural que não sobre violações ou desordens neste mundo, parte pelo passado do próprio ser, cujas conseqüências se refletem sobre ele através dos tempos, até a completa reparação.
Assim o exercício da liberdade humana não pode obstar, em caso algum, a execução do plano divino, sem o que a ordem das coisas seria continuamente perturbada: acima de nossas vistas limitadas e variáveis, permanece e continua a ordem imutável do universo. Somos quase sempre maus juizes daquilo que é nosso verdadeiro bem; se a ordem natural das coisas devesse dobrar-se aos nossos desejos, que espantosas perturbações não resultariam disto?
A primeira coisa que o homem faria, se possuísse liberdade absoluta, seria afastar de si todas as causas de sofrimento, e assegurar para si uma vida plena de felicidade: ora, se existem males que a inteligência humana tem o dever e os meios de conjurar e destruir, como os que provêm do ambiente terrestre, outros existem que são inerentes à nossa natureza, como os vícios, que somente a dor e a repressão podem domar.
Neste caso a dor torna-se uma escola, ou antes, um remédio indispensável, pelo qual as provas são apenas uma repartição equânime da infalível justiça: é por ignorar os fins desejados por Deus, que nos tornamos rebeldes à ordem do mundo e às suas leis, e se elas são suscetíveis de nossas críticas, é apenas porque ignoramos o seu oculto poder.
O destino é conseqüência de nossos atos e de nossas livres resoluções: no suceder-se das existências, na vida espiritual, mais esclarecidos sobre nossas imperfeições e preocupações com os meios de eliminá-las, aceitamos a vida material sob a forma e nas condições que nos parecem adequadas a atingir esta finalidade.
Os fenômenos do hipnotismo e da sugestão mental explicam-nos o que acontece em tais casos, sob a influência de nossos protetores espirituais; no estado de sonambulismo, a alma empenha-se a realizar uma certa ação em certo momento, por sugestão do magnetizador, e, despertada, sem recordar aparentemente a promessa, executa com exatidão o ato imposto. Assim o homem não conserva lembrança das resoluções que tomou antes de renascer, mas, chegada a hora, afronta os acontecimentos previstos, e participa deles na medida necessária ao seu progresso, ou ao cumprimento da lei inexorável.
(Depois da Morte. León Denis)
domingo, 29 de dezembro de 2024
Lembrança do Natal
Pelo espírito Auta de Souza
Natal!… Reina a Celeste Barcarola!…
Enquanto te refazes na alegria,
Muita gente padece a noite fria
Ao rigor da aflição que desconsola.
Desce à escura tristeza que te espia
Do cárcere de angústia em que se isola…
E espalha o bem por sacrossanta esmola
Do teu farnel de luz e de harmonia!
Abre teu coração!… Ajuda e abraça
O sofrimento ou a sombra de quem passa
Em desespero rígido e infecundo!…
E o Cristo, renascendo no teu peito,
Será, contigo, o Amor puro e perfeito,
Tecendo a paz e a redenção do Mundo.
(Do livro Antalogia Mediúnica do Natal. Francisco Cândido Xavier. Espíritos diversos. FEB)
sábado, 28 de dezembro de 2024
Materialização VI
Materialização de um espírito feminino, já desencarnado |
O estudo cientifico do espiritismo, com objetivo experimental, não deve ser feito em locais onde se realizem trabalhos espíritas de outra natureza. Sei, por experiência própria, que nos centros de caridade os resultados dessas tentativas são mais ou menos precários, pois os espíritos chamados sofredores invadem o recinto e perturbam as observações, sem que a finalidade dos centros permita afastá-los. Todos os pesquisadores que no Brasil chegaram à constatação positiva dos fenômenos de materialização efetuaram suas experiências em instalações especiais.
O ilustre médico Dr. Oliveira Botelho, ministro da Fazenda, no último governo constitucional, viu operar-se diante de seus olhos a ressurreição transitória de uma de suas filhas, por ele conduzida ao cemitério, sendo também consagradas pelo êxito pleno, outras das experiências realizadas sob fiscalização rigorosa pelo sábio, engenheiro Dr. Américo Werneck, e algumas das quais assisti.
O Dr. Werneck mandara preparar instalações adequadas à fiscalização, gradeando-as a ferro. Coube-me, de uma feita, a incumbência de exercê-la. Abri e fechei a única porta de acesso ao recinto, conservando comigo a chave; introduzi na sala as outras pessoas convidadas para a reunião; examinei o camarim destinado a retenção do médium; a mesa e as seis cadeiras existentes na sala.
Para não dar caráter religioso à reunião, o Dr. Werneck não fez a prece inicial das sessões espíritas, limitando-se a pedir aos crentes que fizessem breve oração mental. Entramos no recinto, sob a minha fiscalização, seis pessoas além do médium, e meia hora depois éramos - 17 - doze, sendo que as seis que eu não introduzi, moviam-se a maneira de sombras hercúleas, falando entre si. Duas delas em seguida assumiram proporções normais de estatura. Pergunto-lhes o diretor dos trabalhos se lhes serias possível fazer ressoas o teto da sala e, imediatamente, por cima de nossas cabeças, estrondearam golpes fortes, repetindo-se por muitas vezes. Aproximando-se do lugar onde eu me achava, observou uma das sombras de contornos humanos:
Está com medo que lhe roube a chave.
Eu apertava, de fato, por dentro do bolso, a chave da porta da sala de experiências. Dissipados esses fantasmas, ocorreu o fenômeno principal da noite. Uma pulverização lactescente de luas cintilou na escuridão da sala, traçando, à medida que se condensava em desenho nítido, uma figura humana, ate que transformou, aos nossos olhos, numa linda mulher moça, de longos cabelos soltos, vestindo um roupão branco rendado. Era, disseram-nos, a esposa do Dr. Werneck falecida aos 25 anos, e não deixava de ser emocionante a sua aparição, na plenitude da mocidade, ao lado do esposo septuagenário.
- A Judith, tinha um caminhar embalado, disse um dos assistentes, habituado as materializações desse espírito.
- Judith, ande um pouco, pediu o engenheiro.
E, num circulo de luz espiritual, que a tornava plenamente visível, a ressurreta percorreu a ampla extensão do recinto, agitando em ondulações a brancura de suas vestes, e como eu era um dos presentes, que não assistira as suas materializações anteriores, acercou-se de mim.
- Veja. Será a mão de uma morta? E tocou-me na mão.
Era tépida. Louvei as rendas de seu vestuário, e ela, erguendo o braço, em curva graciosa, estendeu-as; a da manga, sobre as minhas mãos:
- Pode ver. São antigas. Ousei insinuar:
- Como seriam as sandálias, no seu tempo...
- No meu tempo eram chinelas, respondeu, e caminhando até a mesa existente no fundo da sala, voltou uma pequena bilha e um copo.
Ofereceu e serviu água a todos os assistentes, trocando frases com eles, e depois de cumprimentar-nos, avisando que se retirava, repôs a bilha e o copo na mesa, e começou a esbater-se, desfazendo-se até desaparecer.
Também no Estado do Pará, em Belém, antes das desta capital, verificaram-se e foram até oficialmente constadas em atas assinadas pelo presidente e pelo chefe da policia do Estado, admiráveis materializações alcançadas com a médium Anna Prado.
Testemunhouse também, e descreveu-as, o Sr. M. Quintão, que fez uma viagem ao norte para observá-las e viu um espírito materializado modelar a mão em cera de carnaúba, quente.
Os guias que trabalham com o Dr. Werneck, disse-me este, eram enviados de João, o espírito que trabalhava com D. Anna Prado. Deve, pois, haver analogia entre as materializações desta capital e as de Belém, que o Sr. M. Quintão assim descreve:
“A ansiedade do auditório era grande, profundo silêncio, quando alguém exclamou: - Eis o fantasma, a desenhar-se no canto da câmera escura, à direita. Não o vê? Não víamos... Olhe agora, ali, no outro canto, junto à parede.
“De fato, no canto indicado a nossa frente, oscilava como que um lençol, uma massa branca, que se foi condensando; e resvalando-se, cosida a parede – não havia três metros da câmara ao lugar em que me encontrava – chegando ao ponto em que estavam os dois baldes já de - 19 - nós conhecidos e uma garrafa com aguarrás, destinada a temperar a cera para a confecção dos moldes e flores.”
“O fantasma, sempre mais nítido, insinua-se bem perto, estaca de fronte do balde. Fixamo-lo a vontade: era um homem moreno, orçando pelos seus 40 anos, trazendo a cabeça um capacete branco, pelas mangas largas de amplo roupão também branco, saiam-lhe as mãos trigueiras e grandes. Os pés, não lhos divisamos.”
“Chegou, cortejou, palpou os baldes, ergue com a mão direita o que continha a cera quente com a esquerda, elevando a garrafa de aguarrás à altura do rosto, como que dosou o ingrediente. Depois se arriando o balde, como para confirmar o seu feito, arrastou-o no chão, produzindo o ruído característico natural. Os seus gestos e movimentos eram perfeitos, naturais, humaníssimos, como se ali estivesse uma criatura humana. Isto posto, afastou-se e conservou-se a um canto da câmara escura, enquanto do outro canto surgia uma menina de seus treze anos, que dá o nome de Anitta.
Assim, tivemos uma dupla manifestação. Visíveis ao mesmo tempo, João, um homem, e Anitta – uma quase criança, enquanto ouvíamos iterativamente o médium suspirar na “câmara escura” e o Sr. M. Quintão largamente descreve as atitudes e ação dos fantasmas, nessa e em outras reuniões.
De algumas das materializações verificadas em Belém, tiraram-se fotografias, mediante uma fórmula especial, constante do livro “O trabalho dos mortos” do Senhor Nogueira de Faria. Como se sabe, o espírito se materializa com os fluidos do médium. Entrando este em transe, começa a constituição do fantasma, e ao passo que a sua forma se acentua, o médium como que de perece, às vezes respirando em haustos e, não raro, exalando suspiros quase angustiosos. Os guias desses trabalhos exigem que não se aperte a mão, nem órgão algum do espírito materializado, porque imediatamente o médium se recente e com freqüência adoece.
(Extraido do livro o Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda, de Leal Souza)
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por que meio se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?
Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e destruís o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que suscitam em vós os maus pensamentos, que insuflam a discórdia e excitam em vós todas as más paixões.
Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, porque eles atacam na vossa fraqueza. Eis porque Jesus voz faz dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!”
Extraído de O Livro dos Espíritos, Cap IX, questão 469.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Rogativa ao Cruzeiro do Sul
Generosas estrelas da bonança,
Que assinalais a terra da bondade,
Espalhai sobre o mundo em tempestade
Vossas luzes de amor e de esperança.
Cruz de glórias da bem-aventurança,
Lembrai ao coração da humanidade
O Mestre do Caminho e da Verdade
Na Mensagem de paz e segurança!...
Constelação de altíssimos arcanos,
Altar dos sóis dos céus americanos,
Entoai nosso cântico fraterno!
Sentinela do povo brasileiro,
Derramai sobre a dor do mundo inteiro
As esperanças do Brasil eterno!...
Extraído do livro: Coletâneas do Além
Pelo espírito Pedro D’Alcântara.
Médium: Francisco Cândido Xavier
quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
VOCÊ jamais está abandonado!
VOCÊ jamais está abandonado!
Absolutamente!
O Pai não abandona ninguém.
Ele veste de plumas multicoloridas as pequeninas aves, enfeita de beleza e perfume as flores e não deixa morrer de fome nem os insetos nem os pequeninos vermes.
Esteja certo: não cai um fio de cabelo de sua cabeça, sem que Ele o permita.
Confie no pai!
Você jamais está abandonado!
Extraído do livro Minutos de Sabedoria, Cap 16, de C. Torres Pastorino
sábado, 21 de dezembro de 2024
Natal da SOCEAL
A Sociedade Cultural Espírita André Luiz convida para o Natal da SOCEAL
hoje 21/12, à partir das 19:30hrs
O centro está localizado na rua Eduardo Bezerra de Queiroz, 332 - Cohab - Areia Branca
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
De Kardec aos Orixás
“Não faça ao seu próximo aquilo que não gostaria que fizessem com você!”
Essa é uma das grandes máximas da Doutrina Espírita segundo ALLAN KARDEC, criador do Kardecismo, e de uma trilogia literária intitulada LIVRO DOS ESPÍRITOS, LIVROS DOS MÉDIUNS e EVANGELHO SEGUDO ALLAN KARDEC, entre tantos outros. Seu nome de batismo era HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL, foi professor de matemática, física, química, astronomia, anatomia e francês.
Esse grande homem condensou a Doutrina Espírita, dando um novo rumo aos seguidores do Espiritismo, que vale falar, nunca foi religião e sim uma filosofia de vida! A base fundamental do Espiritismo é o amor, na sua forma mais pura, a doação e a caridade para com o próximo, seja ele quem for.
Quando perguntado quem seria o próximo, ALLAN KARDEC respondeu: sua família, seu núcleo, pois se não houver caridade dentro da célula familiar, como esperar que ela se estenda ao estranho! Dentro dessa premissa toda a Doutrina Cardencista se fundamentou e se alastrou pelos Continentes, carreando adeptos dessa filosofia de vida dentre todos os crentes e até dentre os descrentes!
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, em uma breve síntese, seria uma introdução ao mundo paralelo que segundo KARDEC é onde habitam todos os seres desencarnados, obedecendo uma hierarquia de acordo com seus merecimentos. Nesse plano encontram-se os Espíritos de Luz, que nos protegem enviando bons fluidos, e recebendo os desencarnados que são acolhidos no Pronto Socorro Espiritual.
O LIVRO DOS MÉDIUNS , também em apertada síntese, consiste na explicação e ensinamento sobre o fenômeno mediúnico que ocorre quando uma pessoa tem o dom de receber o espírito de um desencarnado, que se manifesta através do médium da seguinte maneira: incorporação – o médium recebe o espírito e assume sua forma verbalizando a mensagem; psicografia – o médium psicografa a mensagem do espírito, mudando sua caligrafia, eis que a escrita não é racionalizada pelo médium, que mecanicamente escreve o que lhe é intuído pelo espírito; vidência – o médium tem visões sobre fatos que desconhece através da interferência do espírito.
O EVANGELHO SEGUNDO ALLAN KARDEC, é um trabalho realizado para dar orientação aos seguidores da Doutrina Espírita, contendo suas diretrizes e máximas, com mensagens que são sempre atuais. Não vou aqui ter a pretensão de doutrinar ou aliciar, por isso deixo em aberto o convite para a leitura do Evangelho segundo Kardec, àqueles que restarem interessados.
A grande preocupação de ALLAN KARDEC era a veracidade dos fenômenos paranormais, que, segundo ele, o contato com as almas desencarnadas só poderia ser considerado fidedigno quando as hipóteses de fraude, alucinação e influência de outras pessoas tiverem sido descartadas. Hoje, entre os europeus, o Espiritismo é visto como pseudorreligião. Em nosso país os dois maiores seguidores de ALLAN KARDEC foram BEZERRA DE MENEZES e CHICO XAVIER.
Nessa viagem energética caímos no Brasil, terra de contrastes e colonizadores, onde a trajetória do negro escravizado selvagemente pelo português, trouxe sua religiosidade escondida dos feitores, dentro das senzalas, vestindo de Santos os seus ORIXÁS!
ORIXÁS são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada ORIXÁ se aproxima às dos humanos, pois são emocionais como nós, sentindo raiva, ciúme e amando em excesso. Têm, também, seu simbolismo particular, composto de cores, comidas, rezas, cantigas, ambientes espaços físicos e até horários. Pelo sincretismo ocorrido durante a escravidão, cada ORIXÁ foi também associado à um Santo Católico, porque os negros cultuavam seus deuses através dos santos.
Tanto na UMBANDA como no CANDOMBLÉ se cultuam muitos ORIXÁS, mas os 16 mais cultuados no Brasil são os relacionados a seguir:
EXU – senhor dos caminhos, vencedor de demandas, veste-se de vermelho e preto e seu elemento é o fogo. Seu dia é segunda-feira e sua saudação é “Laroiê”;
OGUM – é o ORIXÁ guerreiro, deus do ferro e da guerra, veste-se de azul escuro, verde ou vermelho. Traz sempre sua espada. Seu dia é terça-feira e sua saudação é “Ogunhê”;
OXOSSI – ORIXÁ caçador, protetor das matas, dos animais da floresta e dos caçadores. Veste-se de verde, azul turquesa e vermelho. Traz sempre seu Ofá (arco e flecha). Seu dia é quinta-feira e sua saudação é “Okê Arô Oxossi”;
OSSAIM – ORIXÁ das ervas medicinais e das plantas em geral, presentes nas iniciações do Candomblé, seu domínio é a mata virgem. Veste-se de verde e rosa e seu dia é quinta-feira. sua saudação é Ëwé ô – Ewé assá!”;
OBALUAIÊ – (ou OMULU em sua forma velha). O deus as pestes e das doenças de pele, conhecendo a cura de todos os males. Veste-se de preto e branco e usa um capuz de palha-da-costa que encobre seu corpo. Dança com o Xarará. Seu dia é segunda-feira e sua saudação é “Atotô”;
OXUMARÉ – ORIXÁ da sorte, da fartura e fertilidade. Protetor das mulheres grávidas. Seu domínio são os poços e fontes da mata. Veste-se de verde e amarelo ou com as sete cores do arco-íris, é representado por uma serpente. Seu dia é quinta-feira e sua saudação é “Àrobô bô yi!”;
EWÁ – ORIXÁ das chuvas, rainha dos mistérios e da magia, com o poder de ler os Búzios (o Oráculo de Ifá).Comanda os astros e está ligada às transformações das águas. Veste-se de vermelho e branco. Seu dia é sábado e sua saudação é “Ri-rò!”;
XANGÔ – ORIXÁ da justiça, do trovão e da pedreira. Veste-se de vermelho e branco. Usa uma coroa e traz o Oxé (machado duplo) e o Xerê (instrumento musical). Seu dia é quarta-feira e sua saudação é “Kawó-Kabyesilé!”;
OXUM – é a rainha dos rios e das cachoeiras (todas as águas doces), do ouro e do amor. Veste-se de amarelo, dourado, azul claro e rosa. Traz nas mãos o Abebê (espelho-leque) e ua espada se for guerreira. É a segunda esposa de XANGÔ. Seu dia é sábado e sua saudação “Ora Ieiê Ô!”;
IANSÃ – é a deusa guerreira, senhora dos ventos, das tempestades e dona dos raios. É dona dos eguns, por isso seus filhos são os mais indicados para entrega de ebós. É a mulher principal de XANGÔ. Veste-se de vermelho, marrom escuro e branco. Seu dia é quarta-feira e sua saudação é “Eparrei Oiá!”;
LOGUN-EDÉ – filho de OXUM com OXÓSSI. Seus domínios são os leitos de rios e mares. Veste-se com uma pele de leopardo, leva em uma mão o espelho de OXUM e na outra as armas de OXÓSSI. Suas cores são o amarelo e azul. Seu dia é quinta-feira e sua saudação é “Olu A Ô Ioriki!”;
OBÁ – ORIXÁ do equilíbrio e da justiça, é uma das esposas de XANGÔ. Seu domínio são as águas revoltas. Veste-se de laranja e amarelo, portando a espada e protegendo a orelha com um escudo. Seu dia é quarta-feira e sua saudação é “Obá xirê!”;
IEMANJÁ – ORIXÁ da harmonia em família, Rainha dos mares e a mãe dos ORIXÁS. Veste-se de azul e branco ou verde claro, portando seu Abebê (espelho-leque) decorado com uma sereia ou concha. Seu dia é sábado e sua saudação é “Odô iyá!”;
NANÃ – é o ORIXÁ feminino mais velho do Panteão. É a mãe de OXUMARÉ e OBALUAIÊ. Em sua mão traz ao cetro o Ibiri. Veste-se de lilás, branco e azul. É a protetora dos doentes desenganados. Seu dia é terça-feira e sua saudação é “Salubá!”;
IBEJI – ORIXÁS gêmeos protetores das crianças e da família. Vestem-se de azul, rosa e verde. Seu dia é domingo e sua saudação é “Omi Beijada!”;
OXALÁ – é considerado o Pai de todos os ORIXÁS. É o mais velho e o primeiro a ser criado. Responsável pela criação do mundo e dos seres humanos. É o ORIXÁ dos inhames novos e da agricultura, que traz as chuvas e que fecunda os campos. Está associado à justiça e ao equilíbrio. É cultuado nas seguintes formas: OXALUFÃ (Oxalá Velho) e OXAGUIÃ (Oxalá Moço). Seu dia é sexta-feira e tem duas saudações: “Eepaá babá!” para o Oxalá Velho e “Exê êêê!”para o Oxalá Moço.
Com essas considerações nada breves, mas necessárias ao entendimento desse sincretismo religioso, só posso acrescentar que vivenciei e estudei todas as manifestações desde KARDEC até os ORIXÁS, sentindo-me privilegiada de ter experienciado o amor e a doação em todas elas.
Fonte Escrito por roenicktania https://trilogiainca.com
domingo, 8 de dezembro de 2024
Oração a um guia espiritual
Nos últimos tempos, diz o Senhor, derramarei do meu Espírito sobre toda carne;
vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos sonharão.
Nesses dias, derramarei do meu Espírito sobre os meus servidores e servidoras, e eles
profetizarão. (ATOS, 2:17 e 18.)
vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos sonharão.
Nesses dias, derramarei do meu Espírito sobre os meus servidores e servidoras, e eles
profetizarão. (ATOS, 2:17 e 18.)
Prece
Meu amigo de outras jornadas, agradeço-te a energia de amor a qual me envolves cada vez que penso em ti.
Agradeço-te a paciência com que aguardas o momento certo para chegar mais perto e dizer: “Filho(a), eu estou aqui.” Agradeço-te meu amigo, por não ter desistido de me acompanhar por tanto tempo. Por me ensinar a construir pontes para minha evolução, com as pedras que eu mesmo coloquei em meu caminho. Agradeço-te minha luz interna, que brilha mesmo quando estou com as portas e as janelas da alma fechadas.
Agradeço-te por me mostrar a cada dia que posso ser como a borboleta a beijar as flores de teu jardim, caso eu me permita, lagarta que sou, passar pela metamorfose do casulo. Agradeço-te amigo querido, por me fazer entender que o karma é uma lei imutável a que todos nós estamos sujeitos. Colhemos o que plantamos.
Somos os únicos responsáveis por nossas escolhas.
Agradeço-te, minha Grande Águia Branca, por desceres das alturas de tua morada, simplesmente para me ensinar o que significa AMAR.
Simplesmente para me cobrir com tuas enormes asas e na maioria das vezes, para me proteger de mim mesmo. Agradeço-te, guia do meu caminho espiritual, por tua presença eterna, por teu amor incondicional.
Agradeço-te, fonte de conhecimento e sabedoria que me ajuda a corrigir minhas dificuldades interiores. Agradeço-te, parte integrante do meu caminho rumo à evolução espiritual. Agradeço-te, velho amigo por sussurrar em meus ouvidos uma linda melodia cuja letra diz que as experiências as quais passo neste planeta Terra são de fato predestinadas, em função da minha conduta passada. Entretanto, continua ainda, sob a minha responsabilidade cumprir ou não, adquirir créditos ou mais débitos.
E seja qual for a minha escolha, ainda assim, tu não desistirás de mim, intuindo-me sobre a melhor escolha, o melhor caminho para a minha evolução. Agradeço-te, meu eterno amigo, por estares aqui, ainda que na maioria das vezes eu não seja um canal perfeito aos teus ensinamentos e ao teu AMOR.
Tua benção e tua proteção eterna.
Agradeço-te a paciência com que aguardas o momento certo para chegar mais perto e dizer: “Filho(a), eu estou aqui.” Agradeço-te meu amigo, por não ter desistido de me acompanhar por tanto tempo. Por me ensinar a construir pontes para minha evolução, com as pedras que eu mesmo coloquei em meu caminho. Agradeço-te minha luz interna, que brilha mesmo quando estou com as portas e as janelas da alma fechadas.
Agradeço-te por me mostrar a cada dia que posso ser como a borboleta a beijar as flores de teu jardim, caso eu me permita, lagarta que sou, passar pela metamorfose do casulo. Agradeço-te amigo querido, por me fazer entender que o karma é uma lei imutável a que todos nós estamos sujeitos. Colhemos o que plantamos.
Somos os únicos responsáveis por nossas escolhas.
Agradeço-te, minha Grande Águia Branca, por desceres das alturas de tua morada, simplesmente para me ensinar o que significa AMAR.
Simplesmente para me cobrir com tuas enormes asas e na maioria das vezes, para me proteger de mim mesmo. Agradeço-te, guia do meu caminho espiritual, por tua presença eterna, por teu amor incondicional.
Agradeço-te, fonte de conhecimento e sabedoria que me ajuda a corrigir minhas dificuldades interiores. Agradeço-te, parte integrante do meu caminho rumo à evolução espiritual. Agradeço-te, velho amigo por sussurrar em meus ouvidos uma linda melodia cuja letra diz que as experiências as quais passo neste planeta Terra são de fato predestinadas, em função da minha conduta passada. Entretanto, continua ainda, sob a minha responsabilidade cumprir ou não, adquirir créditos ou mais débitos.
E seja qual for a minha escolha, ainda assim, tu não desistirás de mim, intuindo-me sobre a melhor escolha, o melhor caminho para a minha evolução. Agradeço-te, meu eterno amigo, por estares aqui, ainda que na maioria das vezes eu não seja um canal perfeito aos teus ensinamentos e ao teu AMOR.
Tua benção e tua proteção eterna.
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
Mediunidade - Conceitos e Características
O estudo de uma faculdade de natureza biológica ou psíquica tanto mais eficiente se revela quanto maiores oportunidades tem o investigador de processá-lo ao natural, na vivência e movimentação dos indivíduos que detêm a faculdade de estudar.
E tais oportunidades, com relação à mediunidade Allan Kardec as teve ou as criou, aproveitando-as magistralmente para compor O Livro dos Médiuns, de onde se extrai a admirável síntese conceptual com que ele, o Codificador abre o capítulo XIV da obra:
"Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium..."
Nesta colocação, o verbo sentir expressa a idéia básica sobre a mediunidade: um sentido psíquico, de ordem paranormal, capaz de ampliar o alcance perceptivo do ser, conferindo-lhe uma aptidão para servir de instrumento para a comunicação dos Espíritos com os homens, estabelecendo uma ponte entre realidades vibratórias diferentes.
Avançando em seus apontamentos o mestre lionês elucida:
"...Essa faculdade é inerente ao homem; não se constitui, portanto, privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuem alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se classificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva..."
Esta declaração não tira a clareza da conceituação de Kardec pois, o que ele pretendeu, foi estabelecer, didaticamente, uma linha demarcatória entre os indivíduos que agem mediunicamente no campo objetivo, expressando nitidamente a intenção e o pensamento dos Espíritos, e aqueloutros que agem mediunicamente num campo preponderantemente subjetivo expressando a contribuição espiritual de forma imprecisa, subjacente.
Há, portanto, dois níveis bem definidos de mediunidades: um, ostensivo, explícito e bem caracterizado em que o pensamento dos Espíritos comunicantes - apesar das influências do médium - pode sobrepor-se ao deste, e outro, discreto, velado, a manifestar-se no campo da inspiração em que o pensamento incidente se mescla ao do médium sem sobrelevar-se ao mesmo.
A mediunidade ostensiva - podemos chamá-la, também, de dinâmica pelos poderosos circuitos de força que dá origem - é uma outorga, uma prova que o médium pode elevar à categoria de missão pela forma dedicada e responsável como exerce o seu mediunato.Trata-se de um compromisso assumido com a própria consciência para resgate de faltas ou abertura de novos roteiros evolutivos.
O Perispírito do reencarnante candidato à mediunidade é trabalhado pelos Benfeitores Espirituais, na fase preparatória que antecede à reencarnação no sentido de ajustar-se-lhes as estruturas para que, no momento próprio, abram-se ou ampliem-se as percepções extrafísicas.
O ser como que é adestrado para a tarefa que o espera; ele se apropria de um ferramental de que necessita para se reajustar com a Vida.Algumas vezes, o tipo de vida que levou antes da encarnação como médium - abalos emocionais intensos, pressões espirituais decorrentes de processos obsessivos, além de outros fatores - promove as aberturas psíquicas responsáveis pelos registros mediúnicos de então: é como se a Lei Divina colocasse na dor decorrentes de aflições e quedas o princípio qualitativo, automático, regularizador da evolução do ser que se movimenta nas marchas e contramarchas da evolução.
Se tomarmos, à guisa de exemplo, a psicografia e a psicofonia, que são as formas mais comuns de mediunidade de efeitos intelectuais, veremos que, médiuns ostensivos, dadas as características de maior expansibilidade e magnetização especial de seus perispíritos, operarão por contato perispiritual direto com os Espíritos comunicantes, expressando objetivamente as idéias desses comunicantes.
Veremos ainda que, conforme a maior ou menor intensidade da imantação ou independência em relação aos implementos físicos, farão transes automáticos - mecânicos em psicografia e inconscientes em psicofonia - semimecãnicos em psicografia e conscientes em psicofonia.
Já com o nível de mediunidade discreto ou velado - podemos ainda chamá-lo de estático - o que ocorre é uma inspiração.O médium age captando, tão somente, as correntes do pensamento do espírito comunicante, absorvendo-as e entrelaçando-as com as suas próprias idéias.
Que a inspiração corresponde a esse nível de mediunidade, pode depreender-se do pensamento de Kardec no seu estudo sobre os médiuns inspirados, quando assim se expressou: "...A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam...Ela se aplica em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que devamos tomar.Sob esse aspecto, pode-se dizer que todos são médiuns..."
Podemos afirmar ainda que essa mediunidade estática se expressa de forma particular e especial na sintonia com o anjo guardião e, por intermédio dele, com os espíritos familiares e protetores.
Pelo menos, parece ser este o plano divino para que as forças mediúnicas do homem sejam acionadas naturalmente, clareando as suas rotas evolutivas; e isto dizemos com os Espíritos que ditaram a Codificação, haja vista as lúcidas palavras de Santo Agostinho e São Luiz, na questão 495 de O Livro dos Espíritos: Não receeis afadigar-nos com as vossas perguntas: ao contrário, procurai sempre estar em relação conosco. Sereis mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam médiuns todos os homens. A tais palavras mais tarde, o Espírito Channing, nas Dissertações do cap. XXXI de O Livro dos Médiuns, aditaria:
Kardec conclui a sua belíssima definição sobre os médiuns, afirmando:
Se a mediunidade mostra-se variada no tocante à intensidade, ainda mais diversificada se revela sob o aspecto das formas, modalidades e tipos de fenômenos que propicia. Paulo dizia: "Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Ora, investido o médium de determinadas características e apto para certas mediunidades jamais conseguirá reduzir outras se a sua natureza não o permitir.assim sendo, a especificidade de cada médium faz com que não existam médiuns nem mediunidades iguais.
Um outro dado que se pode inferir da definição de Kardec é a natureza orgânica da mediunidade. Quando isto se afirma não se pretende alijar o espírito ou colocá-lo à margem do processo mediúnico.
Porventura não dependem as estruturas psicobiofísicas do homem da sua realidade espiritual? Com a mediunidade se dá o mesmo; ela é uma faculdade do espírito que se define e se delineia nas estruturas do Perispírito para emergir na organização física onde está plantada. Imprescindível, portanto, organizações perispiritual e celular compatíveis a fim de que a mesma se manifeste como fenômeno. Semelhantes organizações, o próprio trabalho mediúnico as desenvolve e aprimora, podendo-se afirmar que a mediunidade é, além do mais, evolutiva.
Imaginemos, didaticamente, que a uma pessoa, num dado momento de sua evolução, seja outorgada uma organização adequada ao exercício mediúnico ostensivo: O aproveitamento desta oportunidade, através do uso responsável e equilibrado da concessão, acabará por aperfeiçoar os seus equipamentos de registro, adequando-os, ainda mais, para o trabalho em novas expressões com vistas ao futuro.
(Extraído da Revista "Presença Espírita ", por João Neves, ano 1992)
E tais oportunidades, com relação à mediunidade Allan Kardec as teve ou as criou, aproveitando-as magistralmente para compor O Livro dos Médiuns, de onde se extrai a admirável síntese conceptual com que ele, o Codificador abre o capítulo XIV da obra:
"Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium..."
Nesta colocação, o verbo sentir expressa a idéia básica sobre a mediunidade: um sentido psíquico, de ordem paranormal, capaz de ampliar o alcance perceptivo do ser, conferindo-lhe uma aptidão para servir de instrumento para a comunicação dos Espíritos com os homens, estabelecendo uma ponte entre realidades vibratórias diferentes.
Avançando em seus apontamentos o mestre lionês elucida:
"...Essa faculdade é inerente ao homem; não se constitui, portanto, privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuem alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se classificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva..."
Esta declaração não tira a clareza da conceituação de Kardec pois, o que ele pretendeu, foi estabelecer, didaticamente, uma linha demarcatória entre os indivíduos que agem mediunicamente no campo objetivo, expressando nitidamente a intenção e o pensamento dos Espíritos, e aqueloutros que agem mediunicamente num campo preponderantemente subjetivo expressando a contribuição espiritual de forma imprecisa, subjacente.
Há, portanto, dois níveis bem definidos de mediunidades: um, ostensivo, explícito e bem caracterizado em que o pensamento dos Espíritos comunicantes - apesar das influências do médium - pode sobrepor-se ao deste, e outro, discreto, velado, a manifestar-se no campo da inspiração em que o pensamento incidente se mescla ao do médium sem sobrelevar-se ao mesmo.
A mediunidade ostensiva - podemos chamá-la, também, de dinâmica pelos poderosos circuitos de força que dá origem - é uma outorga, uma prova que o médium pode elevar à categoria de missão pela forma dedicada e responsável como exerce o seu mediunato.Trata-se de um compromisso assumido com a própria consciência para resgate de faltas ou abertura de novos roteiros evolutivos.
O Perispírito do reencarnante candidato à mediunidade é trabalhado pelos Benfeitores Espirituais, na fase preparatória que antecede à reencarnação no sentido de ajustar-se-lhes as estruturas para que, no momento próprio, abram-se ou ampliem-se as percepções extrafísicas.
O ser como que é adestrado para a tarefa que o espera; ele se apropria de um ferramental de que necessita para se reajustar com a Vida.Algumas vezes, o tipo de vida que levou antes da encarnação como médium - abalos emocionais intensos, pressões espirituais decorrentes de processos obsessivos, além de outros fatores - promove as aberturas psíquicas responsáveis pelos registros mediúnicos de então: é como se a Lei Divina colocasse na dor decorrentes de aflições e quedas o princípio qualitativo, automático, regularizador da evolução do ser que se movimenta nas marchas e contramarchas da evolução.
Se tomarmos, à guisa de exemplo, a psicografia e a psicofonia, que são as formas mais comuns de mediunidade de efeitos intelectuais, veremos que, médiuns ostensivos, dadas as características de maior expansibilidade e magnetização especial de seus perispíritos, operarão por contato perispiritual direto com os Espíritos comunicantes, expressando objetivamente as idéias desses comunicantes.
Veremos ainda que, conforme a maior ou menor intensidade da imantação ou independência em relação aos implementos físicos, farão transes automáticos - mecânicos em psicografia e inconscientes em psicofonia - semimecãnicos em psicografia e conscientes em psicofonia.
Já com o nível de mediunidade discreto ou velado - podemos ainda chamá-lo de estático - o que ocorre é uma inspiração.O médium age captando, tão somente, as correntes do pensamento do espírito comunicante, absorvendo-as e entrelaçando-as com as suas próprias idéias.
Que a inspiração corresponde a esse nível de mediunidade, pode depreender-se do pensamento de Kardec no seu estudo sobre os médiuns inspirados, quando assim se expressou: "...A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam...Ela se aplica em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que devamos tomar.Sob esse aspecto, pode-se dizer que todos são médiuns..."
Podemos afirmar ainda que essa mediunidade estática se expressa de forma particular e especial na sintonia com o anjo guardião e, por intermédio dele, com os espíritos familiares e protetores.
Pelo menos, parece ser este o plano divino para que as forças mediúnicas do homem sejam acionadas naturalmente, clareando as suas rotas evolutivas; e isto dizemos com os Espíritos que ditaram a Codificação, haja vista as lúcidas palavras de Santo Agostinho e São Luiz, na questão 495 de O Livro dos Espíritos: Não receeis afadigar-nos com as vossas perguntas: ao contrário, procurai sempre estar em relação conosco. Sereis mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam médiuns todos os homens. A tais palavras mais tarde, o Espírito Channing, nas Dissertações do cap. XXXI de O Livro dos Médiuns, aditaria:
"Escutai essa voz interior, esse bom gênio que incessantemente vos fala e chegareis a ouvir o vosso anjo guardião...Repito: a voz interior que vos fala ao coração é a dos Bons Espíritos e é desse ponto de vista que todos são médiuns.
Kardec conclui a sua belíssima definição sobre os médiuns, afirmando:
...È de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela da mesma maneira em todos.Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações.
Se a mediunidade mostra-se variada no tocante à intensidade, ainda mais diversificada se revela sob o aspecto das formas, modalidades e tipos de fenômenos que propicia. Paulo dizia: "Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Ora, investido o médium de determinadas características e apto para certas mediunidades jamais conseguirá reduzir outras se a sua natureza não o permitir.assim sendo, a especificidade de cada médium faz com que não existam médiuns nem mediunidades iguais.
Um outro dado que se pode inferir da definição de Kardec é a natureza orgânica da mediunidade. Quando isto se afirma não se pretende alijar o espírito ou colocá-lo à margem do processo mediúnico.
Porventura não dependem as estruturas psicobiofísicas do homem da sua realidade espiritual? Com a mediunidade se dá o mesmo; ela é uma faculdade do espírito que se define e se delineia nas estruturas do Perispírito para emergir na organização física onde está plantada. Imprescindível, portanto, organizações perispiritual e celular compatíveis a fim de que a mesma se manifeste como fenômeno. Semelhantes organizações, o próprio trabalho mediúnico as desenvolve e aprimora, podendo-se afirmar que a mediunidade é, além do mais, evolutiva.
Imaginemos, didaticamente, que a uma pessoa, num dado momento de sua evolução, seja outorgada uma organização adequada ao exercício mediúnico ostensivo: O aproveitamento desta oportunidade, através do uso responsável e equilibrado da concessão, acabará por aperfeiçoar os seus equipamentos de registro, adequando-os, ainda mais, para o trabalho em novas expressões com vistas ao futuro.
(Extraído da Revista "Presença Espírita ", por João Neves, ano 1992)
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
Significação do Natal
Se, para muitos, por falta de compreensão, o Natal é festa quase pagã pela gula, extravagância e ostentação, para os verdadeiros cristãos deve ser um impulso de confraternização e sentimento de regozijo espiritual a se estender pela eternidade afora, irradiando para o mundo todo, com o que este encerre de belo e de disforme, de suave e de áspero, de bom e de mau, pois, se houver amor e boa vontade, tudo se afeiçoará as leis do Criador sábio e magnânimo que nos atribui responsabilidades e concede recursos para elevação própria e auxílio a todos.
Seja o Natal de Jesus efeméride permanente em nossos corações, para que em toda parte haja um raio de amor e uma centelha de entendimento.
Extraído do livro Comentários Evangélicos, pelo espírito Bezerra de Menezes
quinta-feira, 28 de novembro de 2024
A Mesa Branca e o Espiritismo
Mesa Branca é a prática da mediunidade espiritualista com base nos ensinamentos de Jesus e desenvolvida a partir das orientações de um ou mais guias espirituais (espíritos ou entidades que cuidam dos trabalhos da casa). Apesar de estar presente em alguns cultos religiosos sob o nome de “Umbanda de Mesa” e “Sessão Astral”, a Mesa Branca é praticada de forma independente e normalmente não está ligada diretamente a qualquer religião.
A “mesa” em si é um objeto indispensável nas sessões uma vez que serve de apoio e contato material para os trabalhos de um modo em geral. É, em volta da “mesa”, que os médiuns se reúnem para uma sessão; é a partir dela que é realizado um estudo, uma preleção, uma consulta ou uma comunicação mediúnica; é através dela, ainda, que os médiuns realizam seus trabalhos e é sobre ela que são colocadas as oferendas; é, enfim, por meio de uma mesa, que se faz o desenvolvimento e a aplicação da mediunidade espiritualista dentre os seus adeptos.
A prática de reuniões frívolas e trabalhos malfazejos que alguns realizaram no passado através do mediunismo de mesa, foi um dos motivos pelo qual se adotou largamente “a cor branca” para diferenciar e demonstrar a boa natureza das sessões promovidas pela casa. A cor branca, segundo a cromoterapia, indica claridade, pureza e iluminação; representa a inocência, a verdade e a integridade do mundo; simboliza o caminho e o esforço em direção à perfeição. É indicada para cura em geral, purificação e abertura à luz. Daí segue o motivo do nome: “mesa branca”.
MESA BRANCA E ESPIRITISMO
Existe uma confusão muito grande em relação a Mesa Branca e o Espiritismo e isso talvez seja motivado pela semelhança que existe em alguns pontos, como por exemplo a comunicação mediúnica com os espíritos e a crença na reencarnação. O Espiritismo é uma doutrina científica e filosófica codificada em 1857 por Allan Kardec.
A Mesa Branca, por sua vez, é uma doutrina essencialmente religiosa, desenvolvida a partir das práticas mediúnicas do chamado moderno espiritualismo, não tem regras como no Espiritismo, as quais não permitem que seus adeptos estudem ou apliquem procedimentos que não constam em sua codificação. A Mesa Branca é uma prática livre que adota ensinos e procedimentos de outros seguimentos religiosos segundo as orientações dos seus guias. A Mesa Branca é o produto aprimorado daquilo que se conhecia por mediunismo de mesa, cuja raízes surgiram muito antes de Kardec, que até então era conhecida por “telegrafia espiritual”, e depois, por “mesa girante” ou “mesa falante”, foi a responsável por chamar a atenção de Kardec e outros pesquisadores para o fato das manifestações dos espíritos ocorrerem a partir das mesas.
O QUE A MESA BRANCA ACEITA E O ESPIRITISMO NÃO
Algumas diferenças básicas entre um e outro:
1º LIVRE PENSAMENTO e MEDIUNIDADE ABERTA. Em termos de ensino filosófico e prática mediúnica, a Mesa Branca aceita tudo o que os seus guias revelam nas sessões e as mantém como verdades e úteis a instrução de seus adeptos até que se prove o contrário pela experiência prática. O Espiritismo não, uma vez que está preso unicamente aos assuntos de sua codificação, regras estas bem definidas e das quais não se pode afastar.
2º ENERGIA dos ELEMENTOS. A Mesa Branca crê e trabalha abertamente com as energias vibratórias dos quatro elementos (Terra, Ar, Fogo e Água). O Espiritismo não.
3º ENERGIA dos NÚMEROS e das CORES: A Mesa Branca crê e trabalha abertamente com a vibração dos números (numerologia) e das cores (cromoterapia) . O Espiritismo não.
4º ENERGIA das OFERENDAS. A Mesa Branca crê e trabalha com a faixa vibratória produzida pelas oferendas. O Espiritismo não.
5º INFLUÊNCIA dos ASTROS. A Mesa Branca crê e trabalha com a faixa vibratória produzida pelos Astros (Astrologia) . O Espiritismo não.
6º IMAGENS, VELAS, CRISTAIS e INCENSOS. A Mesa Branca crê e trabalha com a influência das imagens, com a força vibratória produzida pelas velas, com o poder dos cristais e com a harmonização ambiente produzida pelos incensos. O Espiritismo não.
A “mesa” em si é um objeto indispensável nas sessões uma vez que serve de apoio e contato material para os trabalhos de um modo em geral. É, em volta da “mesa”, que os médiuns se reúnem para uma sessão; é a partir dela que é realizado um estudo, uma preleção, uma consulta ou uma comunicação mediúnica; é através dela, ainda, que os médiuns realizam seus trabalhos e é sobre ela que são colocadas as oferendas; é, enfim, por meio de uma mesa, que se faz o desenvolvimento e a aplicação da mediunidade espiritualista dentre os seus adeptos.
A prática de reuniões frívolas e trabalhos malfazejos que alguns realizaram no passado através do mediunismo de mesa, foi um dos motivos pelo qual se adotou largamente “a cor branca” para diferenciar e demonstrar a boa natureza das sessões promovidas pela casa. A cor branca, segundo a cromoterapia, indica claridade, pureza e iluminação; representa a inocência, a verdade e a integridade do mundo; simboliza o caminho e o esforço em direção à perfeição. É indicada para cura em geral, purificação e abertura à luz. Daí segue o motivo do nome: “mesa branca”.
MESA BRANCA E ESPIRITISMO
Existe uma confusão muito grande em relação a Mesa Branca e o Espiritismo e isso talvez seja motivado pela semelhança que existe em alguns pontos, como por exemplo a comunicação mediúnica com os espíritos e a crença na reencarnação. O Espiritismo é uma doutrina científica e filosófica codificada em 1857 por Allan Kardec.
A Mesa Branca, por sua vez, é uma doutrina essencialmente religiosa, desenvolvida a partir das práticas mediúnicas do chamado moderno espiritualismo, não tem regras como no Espiritismo, as quais não permitem que seus adeptos estudem ou apliquem procedimentos que não constam em sua codificação. A Mesa Branca é uma prática livre que adota ensinos e procedimentos de outros seguimentos religiosos segundo as orientações dos seus guias. A Mesa Branca é o produto aprimorado daquilo que se conhecia por mediunismo de mesa, cuja raízes surgiram muito antes de Kardec, que até então era conhecida por “telegrafia espiritual”, e depois, por “mesa girante” ou “mesa falante”, foi a responsável por chamar a atenção de Kardec e outros pesquisadores para o fato das manifestações dos espíritos ocorrerem a partir das mesas.
O QUE A MESA BRANCA ACEITA E O ESPIRITISMO NÃO
Algumas diferenças básicas entre um e outro:
1º LIVRE PENSAMENTO e MEDIUNIDADE ABERTA. Em termos de ensino filosófico e prática mediúnica, a Mesa Branca aceita tudo o que os seus guias revelam nas sessões e as mantém como verdades e úteis a instrução de seus adeptos até que se prove o contrário pela experiência prática. O Espiritismo não, uma vez que está preso unicamente aos assuntos de sua codificação, regras estas bem definidas e das quais não se pode afastar.
2º ENERGIA dos ELEMENTOS. A Mesa Branca crê e trabalha abertamente com as energias vibratórias dos quatro elementos (Terra, Ar, Fogo e Água). O Espiritismo não.
3º ENERGIA dos NÚMEROS e das CORES: A Mesa Branca crê e trabalha abertamente com a vibração dos números (numerologia) e das cores (cromoterapia) . O Espiritismo não.
4º ENERGIA das OFERENDAS. A Mesa Branca crê e trabalha com a faixa vibratória produzida pelas oferendas. O Espiritismo não.
5º INFLUÊNCIA dos ASTROS. A Mesa Branca crê e trabalha com a faixa vibratória produzida pelos Astros (Astrologia) . O Espiritismo não.
6º IMAGENS, VELAS, CRISTAIS e INCENSOS. A Mesa Branca crê e trabalha com a influência das imagens, com a força vibratória produzida pelas velas, com o poder dos cristais e com a harmonização ambiente produzida pelos incensos. O Espiritismo não.
terça-feira, 26 de novembro de 2024
Higiene do Coração
"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus."
(Mateus, V, 8.)
Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.
E assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo funcione regularmente. com mais forte razão faz-se preciso higiene do coração, para que o Espírito ande bem.
É preciso limpar o coração para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.
"A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos."
Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus. Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?
É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração. Nosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo! Saber quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente interno, tal é o 'inicio dessa tarefa grandiosa para a qual fomos chamados à Terra.
A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces cantadas e mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.
O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração. Fazer culto exterior sem o interior, é o mesmo que; caiar sepulcros que guardam podridões!
Limpar o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole malfazeja! É pensar, estudar. compreender; é crer no Amado Filho de Deus pelos seus ditames redentores!
É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver Deus!
Extraído do livro Parábolas e Ensinos de Jesus, pelo espírito Caírbar Schutel
segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Os Médiuns Curadores V
Parecem, a primeira vista, que para defender e conservar a mediunidade deveríamos desenvolvê-la na meninice. A experiência e os guias ensinam o contrário, pois o desenvolvimento em tenra idade perturba e compromete o organismo em constituição. As crianças, antes dos 12 anos, não devem ser admitidas nas sessões que não sejam de preces, ou doutrinação, pois nas outras, basta o reflexo dos trabalhos pra lhes abrir a mediunidade, e, portanto, prejudicá-las.
Entre os médiuns, os mais conhecidos e procurados são, naturalmente, os curadores, os receitistas (Médiuns receitistas: têm a especialidade de servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas). Importa não os confundir com os médiuns curadores, visto que, absolutamente, não fazem mais do que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem por si mesmos influência alguma). A medicina os combatem e a justiça os perseguem. Sem examinar, nestes escritos, os direitos daquelas, e as razões desta, direi, apenas que a mediunidade curativa se exerce em nome da caridade e não pode ter por objetivo negá-la aos médicos, tirando-lhes, como concorrente gratuita, os recursos de subsistência.
Logicamente, dentro da doutrina, deveriam recorrer aos médiuns curadores, em primeiro lugar, os pobres destituídos de meios para remunerar o clínico profissional; depois os enfermos julgados incuráveis, e, por fim, os crentes cuja fé exigisse o tratamento espiritual. Sob esse critério, a caridade continuaria a ser feita, conforme as necessidades reais dos doentes; não seria o médico atingido nos seus privilégios, nem a ciência perderia o estimulo pecuniário ao progresso.
Os médiuns curadores receitam por intuição, audição, incorporação, ou mecanicamente. Os intuitivos, em face do doente ou do seu nome, recebem do espírito que o examina a indicação telepática do medicamento a ser aplicado; os outros a ouvem. Nos médiuns de incorporação é o próprio espírito quem diretamente escreve ou dita a receita ao consulente. Nos mecânicos é ainda o espírito que lhes toma e domina o braço para escrever.
Aqueles que muitas vezes se enganaram em diagnósticos e tratamentos não admitem equívocos em receitas mediúnicas, e, geralmente, não os há nessas prescrições, pois só alcançam permissão para o exercício da medicina os espíritos em condições de não prejudicar os enfermos com erros e deficiências. Os receitistas do espaço muitas vezes são médicos que na vida terrena restringiram a clínica, e, por consequência, aos benefícios provenientes dela.
A perseguição oficial contra o receituário mediúnico produziu um efeito imprevisto: o desenvolvimento, sem possibilidade de repressão, da terapêutica fluídica, ministrada, se assim se pode dizer, pela ação direta das entidades espirituais sobre os organismos enfermos.
É grande, elevadíssimo, o numero de médicos que professam o espiritismo. Muitos são médiuns e receitistas; os outros muitas vezes recorrem àqueles medianeiros, considerando-os consultores. Entre os médicos não espíritas muitos admitem e até constatam as curas operadas mediunicamente. Alguns frequentam os centros espíritas no desejo de estudar os processos com que se restauram pessoas por eles reputadas incuráveis.
A um desses clínicos acompanhei, por algum tempo. Curioso, avidamente observando os trabalhos dizia, em face dos resultados obtidos:
- Eu acho isso tudo absurdo, mas devo estar em erro, porque no fim sai certo.
No terceiro mês de suas investigações, descobriu que tinha qualidades de médium, e quis aproveitá-las, na esperança de facilitar as suas pesquisas. Começou a receber espíritos. Eu marcava, no relógio, a hora de sua incorporação e a da desincorporação. O maior período daquela dói de uma hora e vinte minutos. Ao reintegrar-se em sua personalidade, perguntou-me:
- Que fiz nessa hora? Não me lembro. Parece-me que estive dormindo, mas estou cansado. O meu protetor trabalhou?
- Trabalhou e brilhantemente.
Sério, o médico considerou:
- Pode ser que ele faça maravilhas, mas desde com o meu corpo, e sem o meu conhecimento, não me serve a companhia:
Acrescentou:
- Os espíritos são egoístas, não revelam o que sabem. Aqui não se aprende nada. Deixo a Tenda e deixo o espiritismo.
E confessou num sorriso:
-Estou quase arrependido de ter emprestado o meu corpo. Receio que esse ilustre defunto possa encarapitar-se no meu lombo, sem o meu consentimento, e faça brilharetos que me comprometam.
Foi dissipado esse receio.
Extraido do livro o Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda, cap 2 - Leal Souza
sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Bhagavad Gita: a Bíblia Sagrada da Índia
O Bhagavad Gita ou "a canção do Senhor", é uma antiga escritura indiana sagrada que consiste em dezoito capítulos do sexto livro do épico Mahabharata.
O gita é apresentado na forma de um diálogo entre o grande avatar Senhor Krishna e seu discípulo Arjuna na véspera da histórica batalha no campo de Kurukshetra.
Em essência o Gita é um tratado profundo sobre a ciência do yoga e sua união com a divindade (Deus) e uma prescrição atemporal para a felicidade e o sucesso em nossa vida cotidiana.
O Gita é uma dissertação espiritual sobre a batalha interna entre as tendências boas e más do homem em sua encarnação atual, e ensina também como vencê los. Dependendo de cada contexto, Sri Krishna simboliza o guru, o professor; Arjuna representa o devoto e o aprendiz.
Algumas citações e ensinamentos do gita
CAPÍTULO XVI: As Naturezas Divina e Demoníaca
Luxúria, raiva e ganância — estas constituem o portão triplo do inferno que leva à destruição do bem-estar da alma. Estas três, portanto, o homem deve abandonar. — Bhagavad Gita cap XVI:21
CAPÍTULO VIII: Alcançando o Supremo
Aquele que, ao chegar a hora da morte, fixar seu ar vital entre as sobrancelhas e, pela força da yoga, com mente indesviável, ocupar-se em lembrar do Senhor Supremo com devoção plena, com certeza alcançará a Suprema Personalidade de Deus. - Bhagavad Gita cap VIII:10
CAPÍTULO XVIII: A Perfeição da Renúncia
Os atos de sacrifício, caridade e penitência não devem ser abandonados, ma sim executados. Na verdade, sacrifício, caridade e penitência purificam até as grandes almas. - Bhagavad Gita cap XVIII:5
- Márcio
O gita é apresentado na forma de um diálogo entre o grande avatar Senhor Krishna e seu discípulo Arjuna na véspera da histórica batalha no campo de Kurukshetra.
Em essência o Gita é um tratado profundo sobre a ciência do yoga e sua união com a divindade (Deus) e uma prescrição atemporal para a felicidade e o sucesso em nossa vida cotidiana.
O Gita é uma dissertação espiritual sobre a batalha interna entre as tendências boas e más do homem em sua encarnação atual, e ensina também como vencê los. Dependendo de cada contexto, Sri Krishna simboliza o guru, o professor; Arjuna representa o devoto e o aprendiz.
Algumas citações e ensinamentos do gita
CAPÍTULO XVI: As Naturezas Divina e Demoníaca
Luxúria, raiva e ganância — estas constituem o portão triplo do inferno que leva à destruição do bem-estar da alma. Estas três, portanto, o homem deve abandonar. — Bhagavad Gita cap XVI:21
CAPÍTULO VIII: Alcançando o Supremo
Aquele que, ao chegar a hora da morte, fixar seu ar vital entre as sobrancelhas e, pela força da yoga, com mente indesviável, ocupar-se em lembrar do Senhor Supremo com devoção plena, com certeza alcançará a Suprema Personalidade de Deus. - Bhagavad Gita cap VIII:10
CAPÍTULO XVIII: A Perfeição da Renúncia
Os atos de sacrifício, caridade e penitência não devem ser abandonados, ma sim executados. Na verdade, sacrifício, caridade e penitência purificam até as grandes almas. - Bhagavad Gita cap XVIII:5
- Márcio
Sexo e Religião
Rergunta - Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se ?
Resposta - Sofrendo a prova de uma nova existência. »
Pergunta - Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
Resposta - Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal.»
Item n.° 166, de «O Livro Dos Espíritos».
Dar-se-á o fato de se isentar alguém dos impulsos e inquietações sexuais, simplesmente por haver assumido compromissos de natureza religiosa?
Claro que a lógica responde no espírito de seqüência da natureza.
A criatura que abraça encargos dessa ordem está procurando ou aceitando para si mesma aguilhões regeneradores ou educativos, de vez que ordenações e providências de caráter externo não transfiguram milagrosamente o mundo íntimo. As realizações da fé, por isso mesmo, se concretizam à base de porfiadas lutas da alma, de si para consigo.
Ninguém se burila de um dia para outro.
De que modo alienar condições inerentes à própria vida do Espírito, acalentadas, no curso das eras, tão somente em função de afirmativas verbais? E entendendo-se que as Leis do Universo não destroem o instinto, mas transformam-no em razão e angelitude, na passagem dos evos, pelos mecanismos da sublimação, de que forma exigir a extinção dos estímulos genésicos em alguém, tão-só porque esse alguém se consagre ao Serviço Divino da Fé, quando esses mesmos estímulos são ingredientes da vida e da evolução, criados pela mesma Providência Divina para a sustentação e a elevação de todos os seres?
Compreendida a inalienabilidade dos problemas sexuais nas individualidades representativas das idéias religiosas no mundo, é mais que razoável considerar que essas individualidades, em grande maioria, solicitaram para si próprias os controles de feição moral a que transitoriamente se vinculam, no tentame de extraírem deles o proveito máximo, a favor de si próprias.
Efetivamente, Espíritos superiores e já erguidos a notáveis campos de elevação, unicamente por amor e sacrifício, tomam assento nas organizações religiosas da Terra, volvendo à reencarnação em atividades socorristas, nas quais impulsionam o progresso dos seus irmãos.
Esses missionários do devotamento vibram em faixas de amor sublime, quase sempre inacessível à compreensão dos seus contemporâneos.
Não ocorrem análogas circunstâncias entre aqueles outros que renascem sob regime disciplinar, requisitados por eles contra eles mesmos, de vez que grande número desses obreiros das idéias religiosas, reencarnados em condições de prova, demonstram dificuldades e inibições múltiplas, no corpo e na mente, quando não sofrem exagerada tendência aos desvarios sexuais - tendência essa que habitualmente os mantém recolhidos ao medo de qualquer expansão afetiva. Temendo as manifestações do amor e bastas vezes condenando indebitamente os companheiros da Humanidade, pelo fato de se acomodarem a uniões respeitáveis e dignas, na generalidade receiam a si próprios e censuram os semelhantes, no impulso inconsciente de lhes copiar a independência e a conduta.
Daí surgem os incidentes menos felizes - quantas vezes ! - em que vemos expositores ardentes e apaixonados, dessa ou daquela idéia religiosa, tombando em experiências emotivas, muito mais complicadas e deploráveis do que aquelas outras que eles próprios reprovavam no caminho e na vida dos companheiros... Aliás, registe-se que o fenômeno é mais que justo, porquanto, aceitando os distintivos de determinada seara religiosa, o Espírito impõe a si mesmo um fator de frenagem e autopoliciamento, sem que as marcas exteriores de fé signifiquem mais que um convite ou um desafio a que se aperfeiçoe, de acordo com os princípios de acrisolamento que abraça.
Instruções religiosas exteriores não alteram, de improviso, os impulsos do coração, conquanto se erijam em fortaleza de luz, amparando a criatura que a elas se acolhe para o serviço de autoaprimoramento.
Qualquer professor na Terra há-de se identificar com os alunos, no campo das experiências naturais do cotidiano, a fim de que se estabeleça, entre eles, o fio da compreensão mútua, unindo vanguarda e retaguarda do esforço para a escalada do grupo ao conhecimento.
Um anjo e uma equipe de criaturas humanas não entrariam em relacionamento ideal para rendimento ideal do ensino. À vista disso, somos nós mesmos, Espíritos endividados ante as Leis do Universo, que nos enlaçamos uns com os outros, encarnados e desencarnados, aperfeiçoando gradativamente as qualidades próprias e aprendendo, à custa de trabalho e tempo, como alcançar a sublimação que demandamos, em marcha laboriosa para a conquista dos Valores Eternos.
Extraído do livro Vida e Sexo, por Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Limpar a mente
Os bons costumes tornam a mente límpida e clareiam o verbo, enriquecendo-o, para que os ouvintes sejam estimulados ao exercício do bem eterno. A poluição mental turva a consciência e conturba o raciocínio, deixando a alma trôpega no vaso da carne. O homem civilizado não tem o costume diário de higienizar o corpo? Pois a mente, na verdade, tem grande necessidade de limpeza, tanto quanto o corpo, por ser o centro da vida que comanda todo a massa somática.
E esse trabalho começa como a chuva: divide-se em bilhões de gotículas, mas farta a humanidade e a natureza, limpa a atmosfera e destampa as minúsculas aberturas das árvores, de onde promana o oxigênio puro, no vigor da própria existência. Assim, a chuva, para a mente, há de surgir nessas mesmas proporções: bilhões ou trilhões de pequenos esforços, somando uma torrente de energias vivas, conduzindo todo o entulho da consciência por canais apropriados. E a pureza do raciocínio faz nascer um clima enriquecido para as belezas imortais do amor, da alegria e da fraternidade. Sugestiona o ser à procura de Deus e a obedecer às leis.
A castidade mental é obra de grande importância para a nossa supremacia espiritual, sem as sutilezas da arrogância e as manobras do orgulho. Devemos nos esforçar todos os dias, a partir do momento em que nos alistamos no exército do Cristo. Como espíritos, mesmo no mundo, mas à procura da luz, compreendamos, na urgência das nossas necessidades, que renovação é tema central da alma - ovelha que reconhece o pastor, atendendo os seus magnânimos convites, pela inteligência e pelo coração.
A elegância dos pensamentos ajusta o meio ambiente em que viveis, para chamados fraternos e para uma conversação sadia, desamarrando do núcleo da vida, a expressão do amor, de modo a participar, na mesma freqüência, a razão. Para que tudo isso se faça, o esforço próprio é imprescindível, dia a dia. A auto-educação haverá de se processar passo a passo, e a vigilância deve arregimentar todas as forças possíveis nessa imensurável batalha que somente termina na pureza espiritual, para começar outros labores, em escalas que escapam ao raciocínio humano.
A vida é um turbilhão de vidas sucessivas, que se associam por lei de esforços e de obediências correlatas. No homem, o começo do sofrimento é princípio de maturidade. É, pois, a força do progresso atingindo a sua farda física, para que o corpo espiritual se atualize nas necessidades maiores. Os grandes golpes na alma clareiam seu caminho para certas mudanças na arte de viver melhor.
Escrevemos para todos, é certo. No entanto, endereçamos nossas mensagens, com mais intimidade, aos despertos, aos companheiros conscientes dos seus deveres ante a escalada do Mestre. Se começais hoje a vos renovar na vida que levais, amanhã sereis torturados impiedosamente pelas forças contrárias, donde resulta a desistência de muitos estudantes da verdade, por ignorarem que o ataque, a maledicência, a injúria, o desprezo são outras tantas forças do bem, revestidas aparentemente de inimigos. Todavia, o que Jesus disse nos conforta sobre maneira: “Aquele que perseverar até o fim, será salvo”.
Associemos nossos esforços aos regimes das leis de Deus, respeitando-as em todas as suas nuances. Se algo faltar de nossa parte, nunca haverá de ser a persistência, como onda de luz a transformar as nossa boas intenções em realidades.
Higienizemos a nossa mente, sem afrontá-la agressivamente. A experiência nos aconselha que o trabalho paciente e constante vencerá obstáculos que se nos afiguram em posição irremovível. Na verdade, a mente plasma o que os olhos vêem, como máquina fotográfica pronta para disparar tendo em mira o objetivo visado. Não obstante, poderemos fechar o diafragma. Assim sucede com os ouvidos, assim se processa na formação das idéias. Orar e vigiar é atitude certa para que a mente não se suje mais. E o trabalho de limpeza deve ser eficiente, diminuindo a carga corrosiva acumulada em muitos séculos. Um pouco de boa vontade vos colocará, com habilidade, nesse saneamento, e o conceitos que propomos nesse livro são, um tanto um quanto, companheiros da limpeza espiritual, convidando a todos para a libertação.
Extraído originalmente do livro "Horizontes da Mente", de João Nunes Maia, pelo espírito Miramez
E esse trabalho começa como a chuva: divide-se em bilhões de gotículas, mas farta a humanidade e a natureza, limpa a atmosfera e destampa as minúsculas aberturas das árvores, de onde promana o oxigênio puro, no vigor da própria existência. Assim, a chuva, para a mente, há de surgir nessas mesmas proporções: bilhões ou trilhões de pequenos esforços, somando uma torrente de energias vivas, conduzindo todo o entulho da consciência por canais apropriados. E a pureza do raciocínio faz nascer um clima enriquecido para as belezas imortais do amor, da alegria e da fraternidade. Sugestiona o ser à procura de Deus e a obedecer às leis.
A castidade mental é obra de grande importância para a nossa supremacia espiritual, sem as sutilezas da arrogância e as manobras do orgulho. Devemos nos esforçar todos os dias, a partir do momento em que nos alistamos no exército do Cristo. Como espíritos, mesmo no mundo, mas à procura da luz, compreendamos, na urgência das nossas necessidades, que renovação é tema central da alma - ovelha que reconhece o pastor, atendendo os seus magnânimos convites, pela inteligência e pelo coração.
A elegância dos pensamentos ajusta o meio ambiente em que viveis, para chamados fraternos e para uma conversação sadia, desamarrando do núcleo da vida, a expressão do amor, de modo a participar, na mesma freqüência, a razão. Para que tudo isso se faça, o esforço próprio é imprescindível, dia a dia. A auto-educação haverá de se processar passo a passo, e a vigilância deve arregimentar todas as forças possíveis nessa imensurável batalha que somente termina na pureza espiritual, para começar outros labores, em escalas que escapam ao raciocínio humano.
A vida é um turbilhão de vidas sucessivas, que se associam por lei de esforços e de obediências correlatas. No homem, o começo do sofrimento é princípio de maturidade. É, pois, a força do progresso atingindo a sua farda física, para que o corpo espiritual se atualize nas necessidades maiores. Os grandes golpes na alma clareiam seu caminho para certas mudanças na arte de viver melhor.
Escrevemos para todos, é certo. No entanto, endereçamos nossas mensagens, com mais intimidade, aos despertos, aos companheiros conscientes dos seus deveres ante a escalada do Mestre. Se começais hoje a vos renovar na vida que levais, amanhã sereis torturados impiedosamente pelas forças contrárias, donde resulta a desistência de muitos estudantes da verdade, por ignorarem que o ataque, a maledicência, a injúria, o desprezo são outras tantas forças do bem, revestidas aparentemente de inimigos. Todavia, o que Jesus disse nos conforta sobre maneira: “Aquele que perseverar até o fim, será salvo”.
Associemos nossos esforços aos regimes das leis de Deus, respeitando-as em todas as suas nuances. Se algo faltar de nossa parte, nunca haverá de ser a persistência, como onda de luz a transformar as nossa boas intenções em realidades.
Higienizemos a nossa mente, sem afrontá-la agressivamente. A experiência nos aconselha que o trabalho paciente e constante vencerá obstáculos que se nos afiguram em posição irremovível. Na verdade, a mente plasma o que os olhos vêem, como máquina fotográfica pronta para disparar tendo em mira o objetivo visado. Não obstante, poderemos fechar o diafragma. Assim sucede com os ouvidos, assim se processa na formação das idéias. Orar e vigiar é atitude certa para que a mente não se suje mais. E o trabalho de limpeza deve ser eficiente, diminuindo a carga corrosiva acumulada em muitos séculos. Um pouco de boa vontade vos colocará, com habilidade, nesse saneamento, e o conceitos que propomos nesse livro são, um tanto um quanto, companheiros da limpeza espiritual, convidando a todos para a libertação.
Extraído originalmente do livro "Horizontes da Mente", de João Nunes Maia, pelo espírito Miramez
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
L.E: Agrada a Deus a prece?
(Retirado do Livro dos Espíritos na questão-658, Cap. 2 – Da Lei de Adoração)
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
O perispírito: instrumento do espírito
"Servir-me-ei dos mais simples termos e imagens para fazê-los compreender os fenômenos do espaço. Quando vocês desencarnarem, constatarão que radiações de desigual intensidade escapam do perispírito e podem alcançar consideráveis velocidades.
“Cada espírito, de acordo com seu grau de evolução, possui um aparelho vibratório de maior ou menor perfeição, isto é, um instrumento adaptado a seu ser. Do ser material emanam irradiações fluídicas pouco sutis, não celestes, e cujas vibrações são quase nulas; no ser evoluído, ao contrário, a irradiação fluídica pode ser comparada a uma corda de um dos instrumentos terrestres, muito fina, muito sensível e cujas vibrações são excessivamente agudas. O ser não-evoluído possui essa mesma corda, porém é como se ela estivesse mergulhada em argila.
“Eis portanto o ser desencarnado em movimento no espaço.
Quando suas tendências o levam em direção à matéria, suas emanações fluídicas não transmitirão ao perispírito senão sensações materiais. Porém, quanto mais a evolução se acentua, mais as sensações materiais se atenuam e se apagam, o feixe de emanações fluídicas adquire mais sutilidade, poder, delicadeza, suavidade.
“Sob a influência da prece, com os conselhos e a assistência de seus guias, esse espírito evoluirá numa atmosfera totalmente fluídica. Suas próprias radiações se encontrarão com as correntes fluídicas do espaço e daí resultarão sensações maravilhosas de sonoridades, percebidas por todo o ser.
“O ser evoluído vive em esferas fluídicas onde reinam correntes de variada intensidade e de composições diversas. As ondas musicais anulam-se ao contato imediato do planeta terrestre, cujos fluidos são muito materiais. É preciso subir mais alto para perceber os acordes da lira celeste. Há até mesmo seres que, do ponto de vista moral, são perfeitos, mas que não experimentam as vibrações.
“Uma educação estética é necessária; falaremos sobre isso mais adiante.”
Massenet
Comentários
O corpo humano é um instrumento complexo e maravilhoso, que se adapta ao meio terrestre e a nossas múltiplas necessidades. No entanto ele é apenas o revestimento material, relativamente grosseiro, desse corpo sutil, o perispírito, de que nos fala Massenet, e que todos nós possuímos tanto durante a vida como após a morte.
A existência desse perispírito é demonstrada pelos fenômenos de exteriorização dos vivos e pelas aparições fotografadas dos mortos, freqüentemente relatadas na Revue Spirite (Revista Espírita).
Esse corpo sutil, admirável por sua flexibilidade e sensibilidade, é o envoltório imperecível da alma, e como ela, suscetível de purificação e progresso. Ele vibra aos menores impulsos do espírito e transmite ao corpo físico as vibrações forçosamente reduzidas. É por isso que na vida do espaço, tanto durante o sono quanto após a morte, o perispírito experimenta mais vivamente as influências dos meios onde penetra.
Ele possui recursos mais extensos, meios de percepção desconhecidos pelos homens, mas dos quais alguns conservam a intuição ao despertarem após o desprendimento e as viagens espirituais da noite.
Nesse conjunto que constitui o homem, a alma, ou a inteligência, é a nota dominante. A correlação entre os dois envoltórios, físico e perispiritual, diz respeito a uma lei única, a das vibrações.
O papel e o funcionamento do perispírito continua sendo um dos mais interessantes temas de estudo do espiritismo; ele contém em germe todos os segredos da fisiologia e da psicologia, que serão esclarecidos à medida que nossas relações com os desencarnados se ampliem e se multipliquem. Através dele obteremos novos dados sobre as condições da vida no além e em geral sobre o modo de ação do espírito desprendido do corpo material.
Extraído do livro O Espiritismo na Arte, Cap 6, de Léon Denis
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