segunda-feira, 29 de abril de 2024

Ofertas de amor

Meimei

 Mãezinha.

Enquanto o mundo te adorna a presença com legendas sublimes, abrilhantando-te o no￾me, quis trazer-te a homenagem de meu reconhecimento e de meu carinho, segundo as di￾mensões de tua bondade, e te rememorei os sacrifícios...

Revi, Mãezinha, as tuas noites longas, junto de mim, quando a febre me atormentava no 
berço. Anjo transformado em mulher, erguias as mãos para o Céu e o que falavas com Deus 
me caía no rosto em forma de lágrimas!.. Tornei a encontrar-te os braços acolhedores, feste￾jando-me o retorno à saúde, com a doçura de teus beijos.

E, vida em fora, o pensamento recuou para lembrar-te... Com a retina da memória, contemplei-te os lábios pacientes, ensinando-me a pronunciar as preces da infância; e, nesses lábios inesquecíveis, fitei os sorrisos de júbilo, quando me  deste os primeiros livros da escola.
Depois, acompanhei-te, passo a passo, o calvário de renúncia em que me levantaste para 
a vida. 

Quantas vezes me abraçaste, trocando bênçãos por aflições, não conseguiria contar... 
Quantas vezes e ocultastes e no sofrimento para que a alegria não me fugisse, realmente, não 
sei....Passou o tempo e, hoje, de alma enternecida, anseio debalde surpreender as palavras com que algo te venha a dizer de meu agradecimento; entretanto, eu que desejaria medir o meu preito de afeto pelo tamanho de teu devotamento, posso apenas calcular a extensão de 
meu débito para contigo, a repetir que te amo e que em ti possuo o meu tesouro do Céu.

Perdoa, Mãezinha, se nada tenho para dedicar-te, senão as pérolas do meu pranto de gra￾
tidão, iluminadas pelas orações que endereço a Deus por tua felicidade. E, se te posso entregar algo mais, deixa que te oferte o meu próprio coração, neste livro de ternura, por dádiva 
singela de minha confiança e carinho, num ramalhete de amor.

Meimei

Uberaba, 1 de março de 1971

do livro Mãe

Prática Mediúnica

Rodrigues Ferreira

Com a excelência das técnicas modernas de comunicação, os noticiários espíritas conseguem penetrar nos mais recônditos ambientes, impressionando tanto pela lógica do arrazoado como pela comprovação através dos fatos espontâneos.

Sendo muito espalhada a mediunidade entre as criaturas, evidencia-se logo a necessidade de um tratamento adequado para com os médiuns. Muitas pessoas gostam de lidar com os problemas fenômenicos, mas não se abalançam para ombrear com os confrades nos mourejamentos diuturnos dos Centros Espíritas. Talvez porque existam muitos distúrbios diretivos; talvez porque muitos líderes se julguem e ajam como se fossem os donos da Instituição; talvez porque lá existam problemas de ciúmes e despeitos a se extravasarem claros e dominantes; talvez porque a opinião pública faça mau juízo dos freqüentadores dos núcleos oficiais; talvez porque a própria família possa não entender muito bem uma prática declarada; talvez, ainda, porque fosse muito elegante lidar com os fatos, apenas, sem um compromisso mais profundo...O certo, é, que há um grande contingente de simpatizantes do Espiritismo , que não freqüenta os Centros, ainda que sintam tal necessidade..E como não podem deixar de atuar, aliviando a própria situação, elaboram seus próprios trabalhos práticos em casa. É sobre estes que versa a nossa análise de hoje.

Em primeiro lugar está a própria irrelevância motivante da não freqüência aos Centros o que justifica dizer-se que não se deve fazer sessão mediúnica em casa. Os Centros são obras assistenciais do mais subido valor. A Doutrina Espírita aplicada constitui um dos maiores benefícios que se possa fazer a alguém e é nos Centros que ela se concentra para arremessar-se às multidões. O simples apoio ao Centro já é, portanto, uma utilidade que se presta, e, conseqüentemente, o não apoio passa a ser um mal, por ausência de bem.

As sessões mediúnicas em casa trazem uma série de inconvenientes que importa considerar:

1. O desconforto material ofertado aos presentes, constantemente mal acomodados, em locais improvisados e de trânsito difícil.
2. A falta de adequação geográfica determina uma conveniência de encerramento rápido dos trabalhos, impedindo estudos competentes.
3. Além disso, as pessoas mais conhecedoras da D.E. nunca estão presentes, ocupadas que se acham em trabalhos doutrinários nos Centros que as reclamam e jamais dispensam. Assim, as sessões caseiras não estão, em regra, orientadas por pessoas informadas.
4. A execução do trabalho traz para o lar um conjunto de Espíritos infelizes, enfermos e perturbados à procura de uma solução para os seus males. Estas soluções, mesmo que existam, nunca são tão rápidas, levando-os, portanto, a permanecerem no local, à espera. Já se vê a inconveniência de transformar-se o lar, constantemente com crianças, em ponto de estacionamento para Espíritos sofredores e, não raro, perversos. Por mais que compareçam Espíritos bons, que se proponham a ajudar, as leis de tratamento nunca são feitas em base de violência e choque de opiniões. Impera o merecimento e o desmerecimento. Se a sessão já começara com um motivo inglório, não conseguirá benefícios de exceção para desfazer as conseqüências negativas filhas da invigilância.
5. As emanações mentais enfermiças dos Espíritos infelizes podem impregnar os locais de residência, incidindo sobre pessoas, muitas vezes despreparadas, com prejuízos não previstos.
6. A oferta da residência para visitas constantes de Espíritos desordeiros e malfeitores pode tornar-se um hábito perigoso e esses Espíritos sempre comparecem em trabalhos mediúnicos não pautados pelos moldes ilibados de moral e produtividade. E quem de nós pode jactar-se de conviver numa atmosfera de alta moralidade?
7. A exemplificação negativa que as sessões caseiras trazem, já não encaminhando os iniciantes aos Centros para os testemunhos mais sérios, já competindo com as próprias células legais, enquanto deixam de ministrar ensino correto da Doutrina Espírita.
8. O prejuízo ao Movimento Espírita local é incalculável, quando existem muitas residências que fazem as sessões próprias. Faltando força ao Movimento não haverá promoções doutrinárias de valor, tais como semanas espíritas, concentrações de juventude, campanhas de livros espíritas e muitas outras, que divulgam os benefícios da crença ao mesmo tempo que motivam e encorajam a procura e interesse pela Doutrina.
9. A afirmação do menor esforço é um outro ponto negativo. É claro que vai surgir o vicio de procurar-se um atalho para quaisquer soluções desejáveis.
0. A rudimentaridade dos conceitos e práticas atuando como fator de estacionamento na fase inicial do conhecimento, já seria um bom motivo para preferir-se não freqüentar e não se apoiar em tais sessões.
1. A situação de residência familiar já não seria um empecilho para as Entidades benfeitoras promoverem a presença de aparelhagens e técnicas muito conhecidas dos freqüentadores das sessões práticas nos Centros Espíritas?
2. Um último aspecto a citar-se, diz respeito ao ambiente psíquico da sala. Segundo alguns autores, entre eles Torres Pastorino, em seu livro " Técnica da Mediunidade ", a Espiritualidade Maior prepara o local previsto para trabalhos práticos com grande antecedência, aplicando técnicas espirituais convenientes, para evitar-se um carregamento elétrico prejudicial ao melhor aproveitamento da reunião. Coadjuvando estes cuidados os encarnados não deveriam entrar nas salas de trabalhos, pelo menos umas três horas antes do seu inicio, para não provocar ionizações indesejáveis através do próprio movimento de corpos no ar.

Agora perguntamos: seria possível isolar completamente um local, em uma casa residencial?

Com tantos aspectos falhos as sessões caseiras não poderão ofertar soluções aceitáveis para os problemas psíquicos mais comuns.

Fonte da Revista "Presença Espírita".

domingo, 28 de abril de 2024

Pontos Vibracionais de um Terreiro

Foto da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade

É importante destacar que cada casa e centro terá seu alicerce específico, a explicação é justamente como funcionam os pontos vibracionais energéticos.
 
Os Pontos Vibracionais são, toda e qualquer forma material de magnetização, em
determinado local, de freqüências adequadas à proteção do ambiente.
 
Se dividem em três grandes grupos, à saber: Internos , Externos e Defesa.
 
I – Externos
1. Tronqueira.
 
Firmeza para o Exu guardião da casa, chamado por nós de Exu da Porteira, embora seu
nome verdadeiro só seja conhecido pela hierarquia mais alta da casa.

2. Ogum de Ronda
Assentamento de Ogum de Ronda. Junto com a tronqueira, são destinados a barrar fora
do terreiro as influências espirituais negativas.
 
3. “Casa dos Exus
É o local destinado aos assentamentos dos Exus dos Médiuns, e das oferendas feitas
aos mesmos. Assim como na “Casa dos Orixás”, o médium deve manter uma atitude de
extremo respeito, falando apenas o estritamente necessário e trajando seu uniforme,
quando lá entrar.
 
4. “Casa de Obaluaiê
Assentamento de Obaluaiê
 
5. Cruzeiro das Almas
Local destinado às oferendas aos Pretos Velhos, e onde são acesas as velas para os
desencarnados. Onde deixamos as velas da prece dos desencarnados.
 
6. Anjo da Guarda
Local onde as pessoas acendem as velas aos anjos-de-guarda.
 
7. Quartinha de Oxalá
 Fica acima da porta, que fica ao lado do anjo de guarda. Representa um ponto de
atração de energias positivas vindas de Oxalá, e que são irradiadas a todos os que
passem.
 
8. “Casa” do Caboclo (Ventania de Aruanda, fundador do nosso centro)
Local onde é Homenageado o Caboclo Fundador da casa, e onde são acesas velas para
os demais caboclos.

9. Cozinha 
Onde são feitas as comidas a serem ofertadas aos orixás. Quando a cozinha estiver 
sendo usada com esta finalidade, nenhum médium deve entrar sem autorização. O 
médium se convidado a ajudar, deve manter uma atitude de extremo respeito, falando 
apenas o estritamente necessário e trajando seu uniforme, e OJÁ (pano na cabeça) 
quando lá entrar. Os médiuns que estiverem próximos devem falar baixo e só se dirigir 
ao médiuns que estão na cozinha se estritamente necessário. Antes de começar a ser utilizada com fins religiosos uma vela deve ser acendida junto a um copo d’água na 
cozinha em local apropriado a este fim.

II – Internos 
É toda aquela que é feita no interior do recinto de trabalho: 

1. Centro do terreiro, no chão
2. Ariaxé (No nosso caso Iansã) ao centro do terreiro, no alto.
Estes dois juntos formam a coluna energética do terreiro.

3. Gongá 
Altar dos Orixás, onde ficam os otás, e elementos litúrgicos, oferendas dos mesmos, 
imagens, etc...

4. Sob o Gongá (Pára-Raio) 
Local para descargas de energias negativas que possam ocorrer durante as sessões. 
Consiste de diversos elementos protegidos, encimados por uma barra de aço que 
atravessa uma tábua com um ponto riscado de descarga. No pára-raio é onde 
descarregamos o bastão utilizado na limpeza de aura.

5. Atabaques.

6. “Casa dos Orixás” 
É um local de alta vibração, onde ficam os assentamentos de Orixá dos médiuns, e 
onde às vezes também ficam oferendas. O médium deve manter uma atitude de 
extremo respeito, falando apenas o estritamente necessário e trajando seu uniforme, quando lá entrar. 
 
III - Defesa 
Para evitar interferência espiritual de visitantes mal intencionados, invasores, etc. Estes 
estão colocados em vários locais do centro espírita, sendo de conhecimento apenas da 
hierarquia mais alta da casa.

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem
Curso de Umbanda

A missão espiritual do seu cão


Sabias que o teu cão, além de te fazer companhia, veio com uma missão espiritual para te apoiar nos momentos mais difíceis da tua vida? Os cães são criaturas que se deixam levar pelo amor, pelo carinho e pelo cuidado.

Eles são honestos, leais e em extremo fiéis. Sim, são animais mas têm uma forma de ser que os fez ganhar o título de "o melhor amigo do homem". então, você também pode acreditar que os cachorros possam ser anjos que andam entre nós com uma missão especial para a humanidade. Os cães são terapeutas emocionais, nunca hesitariam em se aproximar de você e te dar um bom linguado e acompanhar você se você se sente triste ou desanimado. A sua missão pode ser dedicada a uma só pessoa ou a todo um coletivo.

Muitos cães fazem trabalhos impressionantes com uma pessoa ou podem impactar todo um grupo de pessoas como o seria uma família. Um animal de estimação pata em uma família torna-se um amigo inseparável, mas há alguns segredos por trás dessa amizade. São protetores energéticos Os cães são anjos protetores que absorvem tanto de você como dos lugares que habitas as vibrações de desequilíbrio. Depois se purgam com água, plantas e outros elementos.

Eles até se sacrificam por você quando há más energias que podem te afetar. Sabem qual é a sua missão e não hesitam em proteger-te do que quer que seja. Algumas mortes súbitas de cães devem-se a essas energias fortes que absorvem. Uma boa forma de purgar essa má energia dos bichinhos é dando-lhes muito afeto e carinho. As carícias devolve-lhes a alegria.

Eles escolhem você para você. Além do que você acredita, eles escolhem você e não ao contrário. Mesmo quando você tem a oportunidade de "escolher" entre muitos cachorros, aquele que te escolheu se aproximará de você e ganhará a sua confiança e carinho para que você o seleções. E você saberá que escolheu bem, mas não foi você que escolheu.

Eles são portadores de amor incondicional. Os cães são fiéis. Diariamente te darão amostras de humildade e amor incondicional. Nunca sentirás que o teu cão te esqueceu porque sempre te chega a cumprimentar, move a tua cauda de felicidade ao vê-lo mesmo se só passaram 5 minutos desde que te deixaram de ver. Os anjos caninos podem criar um vínculo tão especial que até mesmo a morte da pessoa que mais amavam os pode deprimir ao ponto de se deixar morrer porque a sua missão já não tem fim no mundo, já não lhe encontram o sentido à vida. Já se conheceram casos de que a perda do amigo humano leva esses animais de estimação a sofrer de uma espera "eterna", a esperança de que volte, e se compreendem que se foi para sempre se deixam morrer para se reunir com ele em outro plano De consciência.

Eles são sensíveis à vibrações de todos os tipos Eles estão conectados com vibrações muito elevadas e são incrivelmente sensíveis. Eles são capazes de perceber muito mais do que você imagina, são radares energéticos, estão sempre alertas mesmo quando você os vê descansando.

Eles têm uma sensibilidade auditiva impressionante, tal como o seu olfato e visão. Você pode ver através de dimensões e planos que as pessoas não podem perceber. É por isso que eles se colocam inquietos e ansiosos diante de uma presença estranha. São os perfeitos terapeutas emocionais. A nível pessoal estarão sempre pendentes do seu dono e da família que os tenha acolhido. Velam que tudo esteja sempre em harmonia. Quando sentem tristeza, depressão, desamor ou qualquer sentimento negativo, procuram a forma de melhorar o seu estado de Espírito. O movimento da sua cauda emite ondas vibracionais que harmonizam o ambiente. São sinais de amor.

Os cães são os melhores amigos, os melhores companheiros de vida; são brincalhões e inocentes, eles simplesmente são anjos que vão em 4 patinhas alegrando tua vida.

Autoria do texto desconhecida

sábado, 27 de abril de 2024

Forças Mentais


Amigos:

Tendes observado os poderes do pensamento.

Exibições vivas. Demonstrações e estudos.

Não nos iludamos quanto à necessidade do burilamento espiritual, em se tratando de realizações coletivas, para conquistarmos na Terra o domínio dessas forças.

Consideremos que por agora, no Plano Físico, somos criaturas nem sempre harmoniosamente afinadas umas com as outras.

Se milhares de inteligências se unirem na atualidade, numa faixa única de sintonia, sem o aperfeiçoamento a que nos reportamos, o que seria das comunidades terrestres se as projeções de energia mental concentradas se fixassem nos assuntos de hegemonia ou destruição?

O ensinamento de que se nos clareia o raciocínio atinge por analogia os nossos problemas de intercâmbio, entre os dois lados da vida.

Vejamos o assunto entre as criaturas na experiência física e aquelas outras que as ocorrências da morte situam no Mais Além, todas elas no mesmo gabarito sentimental.

Como reclamar segurança e ordem, paz e harmonia entre os dois planos, se espíritos imperfeitos, que ainda somos, viéssemos a usar o expediente a que nos referimos, a fim de provocar manifestações e pronunciamentos, em regime de urgência, unicamente atendendo a critérios pessoais?

Aqui, entra o impositivo de nos ajustarmos à força disciplinadora da religião.

Se nos propomos a manejar, com proveito, os recursos do pensamento, é preciso que a oração nos controle os impulsos para que o espírito de utilidade se nos sobreponha à vocação para o tumulto.

Sem a idéia de Deus e sem a prática do serviço desinteressado ao próximo, não nos será possível sintonizar integralmente as forças da vida com a Lei do Eterno Bem.

Pensemos com base no amor – no amor que Jesus nos ensinou – e teremos a chave que nos descerrará o caminho da elevação para a felicidade comunitária no Grande Amanhã.

Pelo espírito Bezerra de Menezes, Médium: Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 26 de abril de 2024

A prece


A prece é um dos meios pelos quais a cura de um mal pode ser alcançada. Mas é, também, um meio dos mais difíceis, haja vista a pequena capacidade que grande parte dos seres humanos tem para orar. Isto porque a oração não é um ato mecânico, que se realiza pelos lábios.

Não. A prece é algo que depende enormemente do pensamento e da vontade, pois sem estes ela se transforma em algo sem maior expressão. Quando os homens aprendem verdadeiramente a orar, indubitavelmente conseguem sucesso em muitas coisas, inclusive na solução de seus problemas de saúde.

Segundo o ensino doutrinário, podemos, na prece, realizar três atos fundamentais, que independem de lugar, tempo, idioma, duração e forma:

louvar;

pedir;

agradecer.

Quando dizemos “Pai Nosso, que estais no Céu, santificado seja o vosso nome”, usando esta ou aquela forma verbal, nesta ou naquela atitude física, estamos, invariavelmente, louvando a Deus, sua Misericórdia e sua Justiça, porque ao Criador estamos elevando nosso pensamento respeitoso e agradecido, confiante e sincero.

A prece outra coisa não é senão uma conversa que entretemos com Deus, Nosso Pai; com Jesus, Nosso Mestre e Senhor; com nossos amigos espirituais.

É diálogo silencioso, humilde, contrito, revestido de unção e fervor, em que o filho, pequenino e imperfeito, fala com o Pai, Poderoso e Bom, Perfeição das Perfeições.

Quando o espírita ora, sabe, por antecipação, que sua prece não opera modificações na Lei, que é imutável; altera-nos, contudo, o mundo íntimo, que se retempera, valorosamente, de modo a enfrentarmos com galhardia as provas, que se atenuam ao influxo da comunhão com o Mundo Espiritual Superior.

Tem, assim, a prece o inefável dom de dar-nos forças para suportarmos lutas e problemas, internos e externos, de colocar-nos em posição de vencermos obstáculos que, antes, pareciam irremovíveis.

A oração não suprime, de imediato, os quadros da provação, mas renova-nos o espírito, a fim de que venhamos a sublimá-los ou removê-los.

EMMANUEL

quinta-feira, 25 de abril de 2024

André Luiz e a Aura Humana


"Todos os seres vivos, dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de um "halo energético" que lhes corresponde à natureza." 

Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitem radiações e que essas radiações se articulem, através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por "tecidos de força", em torno dos corpos que as exteriorizam.

Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos se revestem de um "halo energético" que lhes corresponde à natureza.

No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura.

Nas reentrâncias e ligações sutis dessa túnica eletromagnética de que o homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com com as vibrações e imagens de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as solicitações e os quadros que improvisa, antes de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que demanda.

Aí temos, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana, peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de campo ovóide, não obstante a feição irregular em que configura, valendo por espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com sinais característicos e em que todas as idéias se evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e semelhança, como no cinematógrafo comum.

Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende à cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedoras ou deprimentes.

(Evolução em Dois Mundos, XVII, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)


CAMPO DA AURA - Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das sinergias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares.

Evidenciam-se essas irradiações, de maneira condensada, até um ponto determinado de saturação, contendo as essências e imagens que lhe configuram os desejos no mundo íntimo, em processo espontâneo de auto-exteriorização, ponto esse do qual a sua onda mental se alonga adiante, atuando sobre todos os que com ela se afinem e recolhendo naturalmente a atuação de todos os que se lhe revelam simpáticos.
E, desse modo, estende a própria influência que, à feição do campo proposto por Einstein, diminui com a distância do fulcro consciencial emissor, tornando-se cada vez menor, mas a espraiar-se no Universo infinito.

Fonte

(Mecanismos da Mediunidade, X, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)

quarta-feira, 24 de abril de 2024

O Dever


7 – O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, e depois para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados. Quero falar aqui somente do dever moral, e não do que se refere às profissões.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de ser cumprido, porque se encontra em antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm testemunhas, e suas derrotas não sofrem repressão. O dever íntimo do homem está entregue ao seu livre arbítrio: o aguilhão da consciência, esse guardião da probidade interior, o adverte e sustenta, mas ele se mostra freqüentemente impotente diante dos sofismas da paixão. O dever do coração, fielmente observado, eleva o homem. Mas como precisar esse dever? Onde ele começa? Onde acaba? O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos.

Deus criou todos os homens iguais para a dor; pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelos mesmos motivos, a fim de que cada um pese judiciosamente o mal que pode fazer. Não existe o mesmo critério para o bem, que é infinitamente mais variado nas suas expressões. A igualdade em relação à dor é uma sublime previsão de Deus, que quer que os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não cometam o mal desculpando-se com a ignorância dos seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as especulações morais. É uma intrepidez da alma, que enfrenta as angústias da luta. É austero e dócil, pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, mas permanecendo inflexível diante de suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais que as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo; é a um só tempo, juiz e escravo na sua própria causa.

O dever é o mais belo galardão da razão; ele nasce dela, como o filho nasce da mãe. O homem deve amar o dever, não porque ele o preserve dos males da vida, aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas porque ele transmite à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.

O dever se engrandece e esplende, sob uma forma sempre mais elevada, em cada uma das etapas superiores da humanidade. A  obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa, porque ela deve refletir as virtudes do Eterno, que não aceita um esboço imperfeito, mas deseja que a grandeza da sua obra resplandeça aos seus olhos.

LÁZARO
Paris, 1863

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Mediunidade nos animais


MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS: Os irracionais não possuem faculdades médicas propriamente ditas. Contudo, têm percepções psíquicas embrionárias, condicionantes ao seu estado evolutivo, através das quais podem indicar como entidades deliberadamente perturbadoras, com fins inferiores, para estabelecer a perplexidade naquelas que os acompanham, em determinadas situações. 

O CONSOLADOR - Emmanuel - 1940 

Dentro da Teosofia, C.W.Leadbeater, em seu livro A Clarividencia, afirma existir em alguns seres primitivos (selvagens), comuns na África Central, até na Europa Ocidental, desenvolve um tipo de clarividência a nível etérico, espontânea, passiva e sem controle. Afirmando que a paranormalidade, está de acordo com o desenvolvimento espiritual de cada ser. 

Já no caso dos animais, a paranormalidade, é a nível etérico. Um cão, um gato, ou qualquer outro animal irracional, não possui veículo físico, nem espiritual desenvolvido em suas estruturas para perceber as esferas astrais. Podem pressionar, sentir cheiros, até perceber certos vultos etéricos, mas não enxergam espíritos, e não ser que esses espíritos se materializem. Allan Kardec no O LIVRO DOS MÉDIUNS, no ítem  236 - Capítulo 21, corrobora com essa afirmação. 

"É certo que os Espíritos podem tornar-se visível e tangível aos animais e, muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que ele perceba a causa, é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal-intencionados com relação aos indivíduos presentes, ou com relação aos donos dos animais. Ainda com mais frequência vedes cavalos que se negam a avançar ou a recuar, ou que empinam diante de um obstáculo imaginário Pois tende como certo que o obstáculo imaginário é quase sempre um. Espírito ou um grupo de Espíritos que se compram em impedi-los de mover-se. Lembrai-vos da mula de Balaão que, vendo um anjo diante de si e temendo-lhe a espada flamejante, se obstinava em não dar um passo. que, antes de se manifestar visivelmente a Balaão, o anjo quiser tornar-se visível somente para o animal, mas, repito, não medianizamos diretamente nem os animais, nem a matéria inerte. de um meio humano, porque precisamos da união de fluidos similares, o que não achamos nem nos animais, nem na matéria bruta." 

Beraldo Figueiredo.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Virtudes

O santo não condena o pecador. Ampara-o sem presunção.

O sábio não satiriza o ignorante. Esclarece-o fraternalmente.

O iluminado não insulta o que anda nas trevas. Aclara-lhe a senda.

O orientador não acusa o aprendiz tateante. A ovelha insegura é a que mais reclama o pastor.

O bom não persegue o mau. Ajuda-o a melhorar-se.

O forte não malsina o fraco. Auxilia-o a erguer-se.

O humilde não foge ao orgulhoso. Coopera silenciosamente em favor dele.

O sincero a ninguém perturba. Harmoniza a todos.

O simples não critica o vaidoso. Socorre-o, sem alarde, sempre que necessário.

O cristão não odeia nem fere. Segue a Cristo, servindo ao mundo.

De outro modo, os títulos de virtude são meras capas exteriores que o tempo desfaz.

Espirito André Luiz,
psicografado por Chico Xavier.
do livro Agenda Cristã

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Umbanda e o Espiritismo


Diz-se, com freqüência, que Umbanda e Espiritismo são a mesma coisa, com uma ou outra variante. Os que assim pensam não refletiram o suficiente sobre os fundamentos de cada doutrina.

Uma análise mais acurada nos mostrará que há, entre essas duas correntes espiritualistas, pontos concordantes e discordantes.

Vejamos as opiniões concordantes:

A Umbanda é espiritualista; o Espiritismo também o é.
A Umbanda rende culto a Deus; o Espiritismo também.
Nas práticas de Umbanda ocorrem fenômenos mediúnicos; no Espiritismo também.
A Umbanda aceita a reencarnação; o Espiritismo também.
Na Umbanda se faz caridade; no Espiritismo também.

Vejamos os pontos discordantes:

O Espiritismo NÃO tem culto material; a Umbanda TEM.
O Espiritismo NÃO prescreve qualquer forma de paramento nem comporta o formalismo de funções sacerdotais; a Umbanda TEM "pais" de terreiro com vestimenta e prerrogativas equivalentes ao exercício de funções sacerdotais.
O Espiritismo NÃO admite uso de imagens e nem permite o emprego de sacrifícios; a Umbanda TEM imagens e altares e sacrifica animais.
O Espiritismo NÃO têm sinais cabalísticos nem símbolos; a Umbanda TEM sinais, "pontos riscados" etc.
O ESPIRITISMO REGE-SE POR UM CORPO DE DOUTRINA HOMOGÊNEA, CODIFICADA POR ALLAN KARDEC; A UMBANDA NÃO SE REGE PELA DOUTRINA CODIFICADA POR ALLAN KARDEC.

O professor J. H. Pires, no capítulo VI - O Mediunismo - de seu livro Mediunidade trata a Umbanda como uma forma de mediunismo.

A sua explicação baseia-se na noção de que mediunismo - definição dada pelo Espírito Emmanuel - designa as formas primitivas de Mediunidade.

Assim, ele discorre sobre a construção racional da Mediunidade através dos ensinamentos de Allan Kardec. A Umbanda, sendo apenas a prática do fenômeno mediúnico, não consegue abarcar o grau de positivação alcançado pela Doutrina dos Espíritos. Esta é a grande diferença.

Fonte:
AMORIM, Deolindo. O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas, publicado pelo C. E. Léon Denis.
PIRES, José Herculano. Mediunidade: Vida e Comunicação, publicado pela Edicel.

Centro Espírita Ismael

domingo, 21 de abril de 2024

Apelo


Bezerra de Menezes

Jesus! Mestre e Senhor Nosso!
Abençoa-nos o anseio de servir-te!
... Mestre, compreendemos as dificuldades com que somos defrontados no caminho a percorrer.
... auxilia-nos a reconhecer que os obstáculos nascem habitualmente de nós mesmos.
E abraçando os deveres de auto-aperfeiçoamento, diante de teus ensinos, ampara-nos o propósito de educar-nos para que te possamos corresponder à bondade e à misericórdia infinitas.

... induze-nos a encontrar nos irmãos de experiência do dia a dia a oportunidade de trabalhar em teu nome.
... dá que sejamos a compreensão à frente da discórdia; a esperança diante da amargura; a alegria perante a dor e a fé no campo incendiado do desespero.

Senhor!

Reúne-nos, de novo, em teu Evangelho de Amor e Luz, para que nos sintamos efetivamente mais irmãos uns dos outros.

... não permitas que a desunião nos destrua a edificação da bênção em que nos encontramos, e apoia-nos para que o presente se nos converta em posição de serviço para o levantamento da Vida Melhor.

... clareia-nos a palavra para que a nossa palavra abençoe e alivie, eduque e eleve!... E recebe, por misericórdia, as nossas mãos para que as nossas mãos não se afastem da lavoura que nos deste a cultivar para a colheita do Bem Eterno!

Senhor!

Acolhe-nos a todos, cada qual de nós na tarefa que fomos chamados a cumprir em tua Infinita Misericórdia e que a tua Vontade se faça em nós e por nós, junto de nós e em favor de todos nós, onde estivermos, hoje e sempre.

Por: Bezerra de Menezes, Médium: Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 16 de abril de 2024

Preto velho no centro espírita


PRETO VELHO NO CENTRO ESPÍRITA. 
Richard Simonetti

1 – O que dizer da manifestação de pretos velhos no Centro Espírita, com seu linguajar peculiar? Não devem ser estimulados a mudar a postura, instruindo-se?

Parece-me que a evolução não tem nada a ver com a expressão física ou linguística. Espíritos que se manifestam como pretos velhos podem ser muito evoluídos, tanto quanto branquelos podem ser atrasados

2 –  O problema é quando Espíritos apresentam-se como orientadores. Fica complicado aceitar que um mentor não tenha aprendido a falar
Kardec orienta que devemos considerar o conteúdo, não a forma. Respeitando a opção do Espírito, tudo o que nos compete avaliar é se sua mensagem guarda compatibilidade com os princípios espíritas.

3 –  Não devemos, portanto, opor resistência à manifestação de pretos velhos, índios, caboclos?
Não vejo motivo para cultivar preconceitos, mesmo porque, não raro, Espíritos dessa condição, menos esclarecidos e ainda vinculados às tradições da raça, manifestam-se para serem ajudados, não para receberem lições de português.

4 –  E se estivermos diante de um condicionamento mediúnico, médiuns falando como pretos velhos por imitação?

É um problema que compete ao dirigente resolver, avaliando se está diante de manifestação autêntica ou de mero condicionamento a partir da influência de outros médiuns. Não costuma acontecer com médiuns que se preparam adequadamente em cursos específicos sobre mediunidade.

5 – Diante de uma manifestação autêntica, se o preto velho é um Espírito evoluído, não será razoável que se manifeste com linguagem escorreita, sem maneirismos?

Penso que não devemos impor condições ao manifestante. Os Espíritos desencarnados, quando evoluídos, podem adotar a forma e o linguajar que lhes aprouver. É uma opção e um direito.

6 – Por que o fazem?

Pretos velhos revivem, nas manifestações, o tempo em que estiveram em regime de escravidão, que lhes foi muito útil, ajudando-os a superar o orgulho que marca o comportamento humano. É uma homenagem que prestam à raça negra e um exercício de humildade.

7 – Quanto à morfologia perispiritual, tudo bem. Quanto à palavra, não seria interessante usar uma linguagem atual, não africanizada?

Pode acontecer, mas aí vai depender do próprio grupo e de uma adequação dos médiuns. O Centro Espírita Amor e Caridade, em Bauru, foi orientado desde sua fundação, em 1919, por uma corrente africana. Seus representantes, em dado momento, observando a evolução do grupo, na década de 40, disseram: Pretalhada vai vestir casaca. Anunciavam por esta metáfora que a partir daquele momento eliminariam as expressões africanizadas, o que de fato ocorreu.

8 – Devemos, então, admitir que esses Espíritos façam uma adequação do linguajar, de conformidade com as tendências ou necessidades do grupo?

Exatamente. Um confrade, médium vidente, visitou certa feita um grande terreiro de Umbanda, em Vitória, Espírito Santo. Viu algo que o perturbou: o Espírito Frederico Figner, que foi dedicado diretor da Federação Espírita Brasileira, manifestar-se como um preto velho. Julgou estar tendo uma alucinação e logo esqueceu. Algum tempo depois, em visita a Uberaba, ouviu alguém perguntar a Chico Xavier por onde andaria Frederico Figner. E o médium: Anda dando assistência a um terreiro de umbanda em Vitória, no Espírito Santo.

domingo, 14 de abril de 2024

Solução de problemas


Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de teus problemas orgânicos ou dos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia.

O orvalho do Plano Divino magnetizará o liquido, com raios de amor, em forma de bênção, e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.

Espírito Emmanuel, médium Francisco Cândido Xavier

domingo, 7 de abril de 2024

(Quarteto de sabedoria)


Supremo senhor

Com Buda vimos a compaixão
Em confúcio a pura sabedoria
Lao-Tsé, viu o tao na comunhão
Com Sócrates a vera filosofia

Leonardo da vinci, a monalisa
Cristãos na arena, sacrifícios
Joana d'arc, o corpo em cinza
São Francisco, só Benefícios

Paulo de tarso, evangelização
Vicente de Paulo, a caridade
Lázaro em sua dor, fé em ação
Em Albert Einstein, relatividade

Só em Jesus supremo senhor
Encontramos tudo isso e mais
Já que viveu a pureza do amor
Em meio a dores sacrificiais

T.H Adalberto Godoy

sexta-feira, 5 de abril de 2024

O Apocalipse e o Espiritismo

A doutrina espírita esclarece alguns conceitos sobre o apocalipse. Emmanuel relatou, por meio da psicografia de Chico Xavier, que o “fim do mundo” será um fato marcante que fará a terra passar de um mundo de provas e expiações para a regeneração.

Grande parte dos conceitos da origem do fim do mundo ou apocalipse, se originou do livro do Apocalipse escrito por João, quando estava exilado na ilha de Patmo, na Grécia.

O livro do Apocalipse nos mostra alegorias de diversas situações atuais. Segundo o estudioso espírita, José Reis Chaves, João descreveu cenários apocalípticos para transmitir a palavra de Jesus em alegorias, para não ser punido pelos imperadores da época.

João, na época estava muito idoso. Desta forma, para passar aos papéis suas visões ele teve que pedir o auxílio de escribas para descrever o conteúdo. Observemos que o que está descrito nas escrituras é somente aquilo que os escribas interpretaram do que ele disse.

O Fim dos Tempos Segundo o Espiritismo
A Doutrina Espírita faz referência ao término do clico evolutivo dos planetas, o que chamamos de “final dos tempos”. A atual passagem do planeta Terra de um mundo de provas e expiações para um mundo regenerador se enquadra neste cenário. 

Em A Gênese e em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec nos conta que os mundos possuem uma gradação evolutiva, iniciando sua caminhada nos primeiros estágios chamados de mundos primitivos e concluindo ao atingir o estágio evolutivo de mundos celestes.

O nosso planeta, portanto, se encontra apenas na segunda fase desta escala e já passou e passará por muitas transformações, que estão previstas nas profecias do Apocalipse.

Apocalipse como Regeneração
Na Revista Espírita de 1868, temos um artigo chamado “A regeneração“, que foi psicografado em 11 de março de 1867 pela médium Sra. B, em Lyon. Nele podemos ler:

“Naquele tempo não haverá mais gritos, nem luto, nem trabalho, porque o que era antes terá passado.”

Esta predição do Apocalipse foi ditada há dezoito séculos, e ainda se espera que tais palavras se realizem, porque sempre se encaram os acontecimentos quando se passaram e não quando se desenrolam aos nossos olhos.

Entretanto, essa época predita já chegou. Não há mais dores para aquele que soube colocar-se à margem da estrada, a fim de deixar passarem as mesquinharias da vida, sem detê-las para delas fazer uma arma ofensiva contra a Sociedade.

Estais em meio a estes tempos como a espiga dourada está na colheita; viveis sob os olhares de Deus e sua radiação vos ilumina! De onde vem que vos inquietais com a marcha dos acontecimentos que foram previstos por Deus, quando apenas éreis as crianças da geração de que falava Jesus quando ele dizia: “Antes que esta geração passe acontecerão grandes coisas?”

O que sois, Deus o sabia; o que sereis, Deus o vê! Cabe-vos bem vos penetrardes do caminho que vos é traçado, porque vossa tarefa é de vos submeterdes a tudo o que Deus decidiu. Vossa resignação, e sobretudo a vossa amenidade, não são senão testemunhos de vossa inteligência e de vossa fé na Eternidade.

Acima de vós, neste Universo onde se move o vosso mundo, planam os Espíritos mensageiros que receberam a missão de vos guiar. Eles sabem quando se realizarão os acontecimentos preditos. Eis por que vos dizem: “Não haverá mais gritos, nem luto, nem trabalho.”

Sem dúvida não pode mais haver grito para aquele que se submete às vontades de Deus, e que aceita as suas provações. Não há mais luto porque sabeis que os Espíritos que vos precederam não estão perdidos para vós, mas que eles estão em viagem. Ora, não se veste luto quando um amigo está ausente.

O próprio trabalho torna-se um favor, porque se sabe que ele é um concurso à obra harmônica que Deus dirige; então executa-se a sua parte de trabalho com a solicitude do estatuário que se põe a polir a sua estátua. É a recompensa infinita que Deus vos concede.

Entretanto, ainda encontrareis entraves em vossas tentativas para chegar ao melhoramento social. É que jamais se chega ao resultado sem que a luta venha ratificar os esforços. O artista é obrigado a vencer os obstáculos que se opõem à irradiação de seu pensamento. Ele só se torna vitorioso quando soube elevar-se acima das privações e dos vapores brumosos que envolvem seu gênio, ao nascer.

A ideia que surge foi semeada pelos Espíritos, quando Deus lhes disse: “Ide e instruí as nações. Ide e espalhai a luz.” Essa ideia que cresceu com a rapidez de uma inundação, naturalmente deve ter encontrado contraditores, oponentes e incrédulos. Ela não seria a fonte da vida se devesse ter sucumbido sob as troças que a acolheram em seu começo.

Mas o próprio Deus guiava esse pensamento através da imensidade; ele o fecundava na Terra, e ninguém o destruirá! Seria inútil que procurassem extirpá-lo pelas raízes; trabalhariam em vão para aniquilá-lo nos corações; as crianças trazem-no ao nascer, e dir-se-ia que um sopro de Deus o incrusta em seu berço, como outrora a Estrela do Oriente iluminava os que vinham à presença de Jesus, portador da ideia regeneradora do Cristianismo.

Bem vedes, pois, que esta geração não passará sem que aconteçam grandes coisas, pois que com a ideia, a fé se eleva e a esperança irradia… Coragem! O que foi predito pelo Cristo deve realizar-se. Nestes tempos de aspiração à verdade, a luz que aclara todo homem que vem a este mundo brilha de novo sobre vós.

Perseverai na luta, sede firmes e desconfiai das armadilhas que vos preparam. Ficai ligados a essa bandeira em que escrevestes: Fora da caridade não há salvação, e depois esperai, porque aquele que recebeu a missão de vos regenerar volta, e ele disse:

“Bem-aventurados aqueles que conhecerem o meu novo nome!” – UM ESPÍRITO.

Criador do texto desconhecido.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Males Menores

Emmanuel

Maldade é sempre treva no coração, que nos cabe evitar a benefício dos outros e em favor de nós mesmos.

Entretanto, nos chamados males da Terra, é indispensável discernir as ligações do Senhor nos mínimos ângulos de cada dia, para que lhes percebam a valiosa função na garantia do bem.

Observemos a natureza.

Quase sempre, a plantação é amparada pelos detritos do campo para atingir a produção desejável.

Para que o leito do rio se não desfaça, atendendo aos requisitos do charco, a dureza da pedra e a secura da areia lhe defendem a segurança.

O minério anônimo, para entrar no campo das formas, não prescinde do fogo que lhe plasma as figurações.

E o próprio pão que regala à mesa é sempre um fruto da bondade da vida, filtrado através da dilacerações incontáveis.

Aprendamos a receber os males menores que nos asseguram paz e triunfo sobre os grandes males do mundo.

Rara porcentagem das súplicas que sobem da Terra ao Céu recolhe, de retorno, a assistência precisa, na forma imediatista de alegria ou de reconforto.

Quase todas, para alcançar o objetivo a que se propõem, obtêm do Senhor os males menores por respostas providencial e oportuna.

Aqui, é uma enfermidade-socorro que te preserva o espírito contra o assalto das tentações.

Ali, é um obstáculo-benção que te impede a adesão à irresponsabilidade e à loucura.

Além, é um amor-ferramenta que te obriga ao sacrifício constante, na sublimação de ti mesmo.

Acolá, é um desencanto-auxílio, constrangendo-te ao reajuste da própria alma.

Adiante, é uma dificuldade-luz, impelindo-te à comunhão com as Esferas Superiores.

Abençoemos as pequenas aflições e os humildes tropeços da estrada, de vez que a luta bem vivida e o trabalho bem realizado constituem os únicos recursos de ascensão ao verdadeiro bem.

Muitas Almas com os bens aparentes do mundo compram apenas desilusão e tragédia, amargura e arrependimento, enquanto que muitas outras se elevam diariamente da vida física às culminâncias da Luz, conduzidas pelos supostos males que lhes minavam a passageira existência.

Recordemos a cruz de Cristo... Quando se ergueu, diante dos homens, era humilhação e derrota, mas, aceita com amor e renúncia, converteu-se em caminho de paz e ressurreição.

Do livro Cura