Ano de 1926.
Morávamos no Rio, viajando pelas ruas das ilusões e sem nenhum Roteiro cristão.
Trabalhávamos, de dia, no Escritório da Central do Brasil, em companhia de alguns literatos, e, de noite, no Jornal do Brasil, onde, com o Escultor Benevenuto Berna, respondíamos por pequenos biscates jornalísticos...
Numa noite, entrevistando Benevenuto Berna junto com Raul Perdemeiras, dois cinzéis, dois lápis, duas penas de ouro, bastantemente consagrados, sobre Urbanismo, e, em seguida, com relação ao Desenho como alma do Ensino,
interpretamos tão fiehnente o pensamento daqueles queridos Amigos que o caro Guima, o Secretário do jornal, não se conteve e disse-nos:
— Você é um Médium...
Ficamos surpreso, pois nada entendíamos de Espiritismo....
E os bondosos Imí.os, Guima e Berna, já ai veros adeptos de Kardec, nos deram uma aula piedosa sobre as Verdades do Consolador, citando-nos, por várias vezes, o nome respeitado de Bezerra de Menezes, conhecido como o Médico dos
Pobres.
Receitas milagrosas, problemas graves traduzidos, curas obtidas de doentes desenganados pela medicina oficial, Casos e mais Casos, lindos, emocionantes, contaram-nos eles sobre Bezerra de Menezes.
Pela terceira vez, ouvíamos, encantado, o nome querido de Bezerra de Menezes.
Era o nosso Anjo. Acompanhava-nos, mesmo de longe, os passos, bom que era
e é, com a esperança de, um dia, lhe ouvirmos o chamado atendendo aos nossos
deveres junto ao Bom Pastor, em bem de nosso próprio espirito doente e sem
rumo...
Pela primeira vez, começamos a olhar com certo respeito a Doutrina Espírita e com sincera veneração o Espírito do bondoso Dr. Bezerra de Menezes.
Uma semente de luz vingava nas terras pobres de nosso espírito, traduzindo a misericórdia de um vero servidor do Pomicultor Divino.
(Extraído do livro Lindos Casos de Bezerra de Menezes, por Ramiro Gama)
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