30/01/2025

Gengis Khan


Este terrível conquistador ateou fogo na Ásia Central e na Ásia Menor. Onde as patas dos
seus cavalos deixassem rastros, a máxima era essa: que ali nada mais nascesse. Quando
conquistava uma aldeia ou cidade, rapinava tudo, fazia prisioneiros e estuprava as
meninas-moças. Quando derrotado em algumas poucas batalhas, incendiava tudo por
onde passasse: essa era a ordem do grande guerreiro.

Gengis Khan, um dos chefes da cidade A Cruzada, no astral inferior, na Idade Média foi
um cidadão livre na Terra. Essa liberdade custou bastante caro aos seus semelhantes, que
não o eram somente na forma física, porém se agregavam a ele pelos sentimentos - a lei
dos afins nos une com os nossos velhos companheiros de jornadas infinitas.

Como já dissemos alhures. Deus educa as almas por intermédio das próprias almas. Os dois bilhões de Espíritos da cidade negra baixaram à Terra em uma grande oportunidade de recomeço na pauta da disciplina, e, o mundo espiritual não iria, certamente, sacrificar santos, para que servissem de pais a tais monstros, nem tampouco companheiros, mas,
sim, Espíritos da mesma estirpe. Reuniam-se seres da mesma índole psicológica e psicofísica, monstros para devorarem monstros, cães para devorarem cães, lobos para caírem nas armadilhas dos mesmos lobos. Todas essas atrocidades, cuja herança se faz mostrar até hoje, parecem-nos incompatíveis com a bondade do Criador. Ser-nos-á pesado para a consciência, se a razão der o seu resultado desfavorável à consciência divina; é por isso que muitos procuram não entrar no mérito da questão, nem julgar os homens por suas ações. Coitados! Foram eles criados simples e ignorantes; sua simplicidade é muito nobre e se reveste de muita beleza quando se encontra com a sabedoria, mas antes disso, ela favorece os maiores absurdos da vida, como os que
aconteceram na Idade do Meio. Devemos estudar esses processos usados pelo progresso,
com serenidade e com mais amor às criaturas, fazendo a nossa parte com caridade, se já
pudermos fazê-la, para ajudar a educá-los. São crianças junto aos velhos que gritam por apoio, por liberdade e por amor. E, no fundo de tudo, eles estão se instruindo cada vez mais; os seus feitos são cópias da própria natureza, em todo o reino da Terra.

Gengis Khan foi guerreiro forte, mestre em comando por largas experiências e na hora da
luta, o seu objetivo era lutar somente, na máxima expressão. Quando em acampamento, era generoso para com seus comandados. Fazia-se um deles, e, em muitos casos, se entregava até a simples serviços, para que seus guerreiros se divertissem e descansassem. Esse gesto os cativava até a morte: era a gratidão nos caminhos do fanatismo. Qualquer de seus soldados que caísse prisioneiro ou ficasse ferido, tinha certeza de que em altas madrugadas viria socorro. Ele somente descansava em acampamento, quando nada mais havia para fazer, principalmente em benefício dos seus comandados. Com esses gestos de humanidade, sabia que ganhava a unidade dos seus homens. Em qualquer eventualidade bastava um grito, uma ordem de comando, para que todos se entregassem a qualquer combate, com fúria jamais presenciada em outro esquadrão. Era, se pudéssemos dizer, o fanatismo em quarta dimensão... Os místicos não usam, por onde transitam, maneiras idênticas? Só que a atenção que dispensam, a caridade que fazem e a gratidão que têm, universalizam-nos: não tem partidos, não escolhem a quem beneficiar, amam a todos dando tudo o que possuem. Vivem na fraternidade em busca do Amor, sem escândalos, sem guerras, sem ódios, sem ciúmes e sem conhecimento da inveja. São homens livres, por trabalharem constantemente pela liberdade dos outros.

Grandes extensões de terras foram pisadas e massacrados os seus habitantes. Foram
trucidadas criaturas de todas as idades e o fogo era o sinal mais vivo de que por ali
passou Gengis Khan...

(Extraído do livro Francisco de Assis - João Nunes Maia - espírito de Miramez)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários serão bem vindos, assuntos imorais serão banidos.