23/01/2025

Provas da existência de Deus


4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

Para crer­se em Deus, basta se lance o  olhar sobre as  obras  da Criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

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O texto colocado entre aspas, em seguida às perguntas, é a resposta que os Espíritos deram. Para destacar as notas e  explicações aditadas pelo autor, quando haja possibilidade de serem confundidas com o texto da resposta, empregou­se um outro tipo menor. Quando formam capítulos inteiros, sem ser possível  a confusão,  o mesmo tipo usado para as  perguntas e respostas foi o empregado.

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem
em si, da existência de Deus?

“A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma conseqüência do princípio —  não há efeito sem causa.”

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de idéias adquiridas?

“Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão­somente produto de um
ensino, não seria universal e não  existiria senão  nos  que houvessem podido receber esse  ensino, conforme se dá com as noções científicas.

7. Poder­se­ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?

“Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável
sempre uma causa primária.”

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria
tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião  dos que atribuem a formação  primária a uma
combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

“Outro absurdo! Que homem de bom­senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios  determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária
ao  acaso  é  insensatez, pois  que o  acaso  é  cego  e não  pode produzir os  efeitos  que a
inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?

“Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!”

Do poder de uma inteligência se julga pelas suas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade. 

Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto  maior for o  que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual
for o nome que lhe dêem.

Extraído de O livro dos Espíritos - Cap 1 - Provas da Existência de Deus

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